Neste utilizei aguarelas e acrílico sobre uma folha de papel A3. Representei um atleta de uma arte marcial, com um corpo magro, mas com
definição muscular aparente, deitado numa arena, onde tanto ele como a arena
estão ensanguentados.
Resolvi representar
uma figura atréptica, pois tenho uma afinidade por artes marciais e pela luta
em si e sempre quis subir a um ringue e ganhar
ou perder, isso não importa, apenas queria sentir a adrenalina e a emoção que essa
experiência poderia dar-me. Agora que, finalmente, ia começar os treinos
de competição, começou este período de pandemia, (que azar, não?). Então, coloquei alguns dos meus sentimentos nesta obra, em partes específicas. Ao representar
uma aparência mais magra, eclética e desidratada com as costelas salientes,
quis enfatizar as dificuldades e falta de estamina que tenho para passar os
meus dias, nesta quarentena. Também procurei uma expressão assustada e cansada,
com um olhar vazio, para representar a repetição da rotina sem novidades nem
emoção. O sangue foi a maneira de eu deixar implícito um sofrimento físico e
psicológico do personagem, mas também coloquei uma estrutura definida para representar
a força que cada um de nós tem de ter para aguentar este tempo que um dia vai
passar.
Bem, antes que alguém pense que eu estou assim tão mal na
quarentena, não, refiro que apenas estou entediado com esta rotina repetitiva e
sem emoção.
Finalmente, no que concerne ao título desta obra, este remete
para uma despedida, mas não necessariamente, quer falar da modalidade, pode ser
a luta que está a acontecer na atualidade contra o covid 19, pois muita gente está
a morrer com este tragédia e a única coisa que nos resta é lutarmos para sobreviver,
e nem todos sobrevivem.
quinta-feira, 18 de junho de 2020
Trabalho Livre de Pedro Rodrigues
Desenho A 11.ºE
A Última Luta
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