segunda-feira, 11 de março de 2024

Diálogos Surrealistas

 



Trabalho dos alunos da professora Antónia Matos





Beatriz Prior Leite, 9.ºE


Daniel, 9.ºE


Diana, 9.ºG


Fabiana, 9.ºG


Francisco, 9.ºG


Gonçalo, 9.ºE


Joana, 9.ºE


Luís, 9.ºE


Mariana, 9.ºG


Matias, 9.ºE


Matilde, 9.ºG


Matilde Marcelino, 9.ºE


Matilde Ribeiro, 9.ºE


Nicolas, 9.ºE


Rafaela, 9.ºE


Tomás Rodrigues, 9.ºG


Xavier Neves, 9.ºG


Ana Rodrigues, 9.ºH


André, 9.ºG


André Cordeiro, 9.ºE


António, 9.ºE


Gabriel, 9.ºE


Gonçalo Valente, 9.ºE


Guilherme Baptista, 9.ºE


Guilherme Ferreira, 9.ºE


Gustavo, 9.ºE


Iara Alves, 9.ºH


Ivo, 9.ºE


Lucas Pinto, 9.ºE


Renato, 9.ºE


Rodrigo, 9.ºE


Santiago, 9.ºG


Sérgio Oliveira, 9.ºE


Yapona, 9.ºH

Trabalho livre de Ana Luísa Felizardo - 11.ºE

 


Ana Felizardo, As Três Graças, 12/2023, tinta a óleo sobre tela



Memória descritiva do trabalho livre do 1°período


Este trabalho foi realizado para a disciplina de Desenho A da professora Ana Cristina Magalhães de 02/12/2023 a 07/12/2023 em Águas Santas.


"Neste trabalho, o primeiro trabalho livre deste ano letivo, gostava de demonstrar as minhas capacidades relativamente ao desenho e pintura da figura humana e da sua inclusão no fundo. Desta maneira, tomei como escolha de tema duas pessoas com as quais convivo frequentemente, a Liliana e o Tiago, alunos da mesma turma.

Comecei por rascunhos no meu diário gráfico, nos mesmos onde desenvolvi melhor a ideia e procurei definir as poses a cada figura. Inicialmente, encontrei indecisão quanto à posição das figuras e se estas estariam em pé ou sentadas. Decidi desenhá-las sentadas de forma a que conseguissem interagir para retratar mais dinâmica e mais da minha capacidade artística. Após estes rascunhos, comecei a trabalhar na tela. Preparei a tinta a óleo, diluindo a mesma com recurso a óleo conforme necessário, variando entre opacidades e transparências. Tive algumas dificuldades quanto à estabilidade destas duas características, utilizando transparências em partes onde talvez uma maior opacidade ficaria mais bonito e vice-versa. Começo sempre pelo fundo, pois permite-me garantir que ao menos um dos elementos que mais cobre a tela fique decente o suficiente para destacar a minha habilidade em pintura. O fundo, tal como a maioria das minhas pinturas, era uma paisagem idealista que continha o sol e um corpo de água, elementos comuns nos meus trabalhos. Utilizo o sol para trabalhar a luz e a água para o seu reflexo, tendo expectativas de trabalhar como esta afeta as figuras com muito mais capacidade do que como ficou na pintura final. Dito isto, a tela teve as suas fases enquanto trabalhava o fundo, evidente nas imagens. Dediquei-me no que se refere à luz do sol e o seu reflexo no lago, um processo longo e cuidado. Seguindo a conclusão destas fases, parti para o trabalho dos rostos e, mais tarde, do resto da figura e dos seus cabelos. Isto é, pois, uma parte dos meus trabalhos que não me causa muita dificuldade ou desafio se não pela representação precisa das pessoas a quem estou a retratar, contudo, acredito que estou gradualmente a superar a dificuldade à medida que pratico. Com recurso ao meu conhecimento das teorias das cores, foi relativamente fácil encontrar os tons de pele pertencentes a cada figura. Posteriormente à terminação destas duas fases trabalhosas, restou pintar as roupas e detalhes finais no que toca a brilhos e sombras.

Brevemente, explicarei as minhas motivações sobre a escolha do tema do meu trabalho. Escolher duas pessoas pertencentes ao meu grupo de convívio (quase) diário facilitou retratá-los com precisão, embora ainda pudesse ter ficado mais preciso. Escolhi-os aos 2 especificamente para representar as três Graças, juntamente comigo, porque aprecio imenso a Liliana e a sua beleza como minha musa, como pessoa e como amiga, sendo o caso do que sinto em relação ao Tiago algo similar. São duas pessoas essenciais para mim, de grande importância claramente, visto que não os escolheria para pintar se não o fossem.
Finalmente, vou considerar o meu desempenho neste trabalho na realização do próximo. A professora aconselhou-me a ser mais criativa no que tange ao tema dos meus trabalhos, então procurarei um tema que seja mais crítico e metafórico do que paisagens utópicas com pessoas que gosto. Fora isso, penso que o trabalho, tirando alguns retoques que ainda podiam ser feitos, demonstra melhorias em comparação ao ano passado."
Ana Luísa Felizardo

Trabalho Livre Ana Isabel Coelho - 11.ºE



Memória Descritiva de Ana Isabel - Desenho A
professora Ana Cristina, realizado dia 02/12/2023 em casa

– Trabalho livre do 1º período –

‘’As tuas ações têm consequências’’ 

"Nesta memória descritiva irei falar de todos os passos e dias de trabalho na realização deste trabalho livre no âmbito da disciplina de Desenho A, do primeiro período do ano letivo de 2023/2024, nomeado como ‘’As tuas ações têm consequências’’.

Para trabalhar neste projeto usei uma cartolina azul-clara (24cmx32cm), tinta acrílica e caneta de ponta 0.4 preta.

Desta vez decidi expressar-me de uma forma diferente da habitual. O motivo que me levou a realizá-lo  foi a frase pela qual nomeei o trabalho, mas mais especificamente na inspiração num jogo chamado ‘’Life is Strange’’, que consiste em tomar decisões, e a cada decisão aparece a frase ‘’as tuas ações têm consequências’’. Nesse mesmo jogo demonstra o efeito borboleta por causa das decisões tomadas, logo com o efeito borboleta, pequenas atitudes podem gerar enormes mudanças do tempo, provocando uma sensação de caos e fazendo com que a pessoa repense antes de agir.

Contudo, a minha ideia inicial era desenhar-me em desespero e a chorar agoniada, com várias borboletas ao meu redor, que retratam o efeito borboleta e que devia ter tomado melhores decisões. As fitas nos pulsos seriam os remorsos, traumas e medos vindos do passado e consequentes das minhas ações, mas no final acabei por desistir desta ideia por que não sentia que iria representar bem o que queria, pois gosto de me expressar com a arte, como um meio para desabafar.

Além desta ideia inicial fiz também outros rascunhos que no final acabaram por ser descartados pois não estava a gostar de nenhum.

No final, consegui gostar de um rascunho, e foi essa a base do meu projeto, em que estarei sentada, com uma expressão exausta e triste. Com o rascunho feito, passei para o passo seguinte, que foi redesenhar o rascunho na cartolina, porque a cartolina tem mais alguma resistência por causa do uso da tinta acrílica, e de facto não vou mentir, demorei imenso a refazer a pose relativamente igual à do rascunho, por que tive de fazer maior. Feito o rascunho, hora de começar o trabalho, como disse inicialmente, era suposto desenhar-me, mas acabei por preferir fazer uma silhueta, e essa silhueta representa a minha alma.

Agora, relativamente ao resultado do trabalho, vou falar do significado e dos detalhes da obra.

No trabalho podemos ver cores quentes e frias, tanto no fundo, quanto na silhueta. A silhueta representada é a minha alma, com variadas cores e com um significado por trás. A cabeça está mais destacada a vermelho, pois representa o excessivo stress, raiva, fúria e paixão. Do pescoço até aos pés tem azul, representando serenidade e calma, os tons laranjas representam o humor, entusiasmo e energia, os tons roxos representam intimidade, sensibilidade e arrogância, os pequenos tons verdes representam o ciúme e esperança. No peito da silhueta podemos ver uma borboleta que representa a evolução e o recomeço, como se fosse uma metamorfose de uma borboleta, e os tons rosas na borboleta representam delicadeza e conexão emocional. A silhueta encontra-se sentada numa espécie de vácuo mental, muito pensativa com as suas atitudes e ações passadas e, à sua volta, encontram-se 5 borboletas: as borboletas azuis representam a depressão, as borboletas amarelas representam a ansiedade, e a borboleta vermelha representa a fúria e stress, e essas 5 borboletas representam os danos causados pelas ações do passado. No fundo notamos cores de tons fortes e quentes, sendo tons verdes, vermelhos magenta, rosa, etc. em que quis representar o bloqueio emocional, pois as emoções tendem a ser tão fortes que às vezes não sabemos lidar corretamente com elas, causando danos psicológicos graves. Foi um trabalho complicado, feito com muito stress e ansiedade, o que me fez pensar cautelosamente quais cores iria utilizar para a minha objetiva representação, e de certa forma fez-me expressar-me."

Ana Isabel Coelho

Trabalho Livre de Catarina Medeiros - 11.ºE

 

Catarina Medeiros, Emoções à Loucura, 2023
Aguarela, lápis de cor, marcador e canetas Posca brancas s/papel aguarela A3



"Este trabalho foi realizado no âmbito da disciplina de Desenho A ,a pedido da professora Ana Cristina Magalhães, no qual tentei expressar a loucura causada por um certo descontrole das emoções e sentimentos da personagem em primeiro plano, assim nomeando o trabalho livre de ‘’Emoções à Loucura’’.
Inicialmente, iria fazer uma representação de uma figura humana mutante, que teria três cabeças (figura 1 e 2) e seis braços. Entretanto acabei por descartar esta ideia, pois não a estava a conseguir compor no papel da forma como a idealizei, tendo que voltar a procurar por referências e inspirações para realizar a obra.

  

         

Figura 1- Malena Bozzini                                      Figura 2- Fanart de Tomie, de obj.shep



As emoções e sentimentos são o que nos fazem reagir de certas formas em variadas situações, no entanto, se estivermos numa situação em que existe uma enorme falta de controle sobre essas emoções, isto é, não saber lidar com as próprias sensações interiores, causa uma enorme confusão que por sua vez leva a um enorme esgotamento emocional, crises e vazio. Isto obviamente que pode ser muito perigoso e é isso que pretendo mostrar com ‘’Emoções à Loucura’’.
Na realização do trabalho inspirei-me em diversas artes publicadas no Pinterest das quais algumas não encontrei o autor. Exemplo delas é uma ilustração do mangá ‘’Uzumaki’’ de Junji Ito (figura 3), em que coloquei uma referência numa das caras que estão no fundo da obra e para além disso serviu de encaixe para este esgotamento emocional em que a personagem em primeiro plano está a deixar-se ser apoderada por uma certa loucura de confusão emocional.



                     

                                    Figura 3- Ilustração de ‘’Uzumaki’’ de Junji Ito
Com a ideia já planeada, comecei a fazer um sketch (figura 4) do trabalho já no suporte de papel de aguarela A3. Existem as faces mais detalhadas do fundo representando as emoções, sendo algumas destas a tristeza que está em maior escala, a raiva e a frustração, a ansiedade e mais algumas.


Figura 4- Sketch (incompleto)

De seguida tratei de pintar o cabelo, face e ferida ‘’macabra’’ presente no lado direito da face da personagem com a aguarela. Utilizei assim a técnica de mancha para uma primeira camada (figura 5 e 7). Para a pele decidi fazer um tom de pele com aquele jogo das cores primárias até chegar à cor de pele da figura 5. De seguida utilizei castanhos, laranjas, azuis e roxos para fazer sombras no rosto. Nos lábios juntei o tom de pele base da figura 5 com um tom mais rosado para obter a cor da figura 7. Até que percebi que a personagem estava demasiado serena. Então, utilizando principalmente azul escuro e roxo, consegui dar uma expressão mais entristecida representando o esgotamento emocional. Para esta ferida ‘’macabra’’, fiz o efeito de sangue, começando com um tom de vermelho tentando já fazer um pouco de sombras (figura 5), inspirando-me numa referência que encontrei (figura 6). Continuando a tentar fazer o tal efeito de sangue, utilizei tons de castanhos, amarelos e rosa escuro com o pincel semi seco tentando fazer efeito de esponja (figura 7 e 8).


Figura 5
Figura 6
                                                                        


Figura 7
Figura 8


Acabando isto, começo a fazer olhos presentes na parte referida anteriormente, utilizando lápis de cor para as íris (ex: verde, azul), para as veias dos olhos. Para ficar um pouco mais realista em alguns deles utilizei o lápis de cor branco em todo o olho e com a caneta Posca para os brilhos. Para fazer o efeito que queria também utilizei lápis nas partes vermelhas em cima e em baixo dos olhos para dar a ideia de profundidade com a ajuda das poscas em brilhos.

Inspirações para os olhos
                                                                                        


No cabelo, mais uma vez utilizo lápis de cor de tons de azul, roxo, amarelo e laranja com recurso a traço consegui fazer um efeito de fios que andava há algum tempo a procurar alcançar e mais uma vez utilizo as poscas brancas para fazer os brilhos nos cabelos.
Nos ombros, com aguarela em tons de azul, roxo e preto, com recurso a mancha, quis reforçar a ideia de angústia, tristeza e mais uma vez o esgotamento que se estava a apoderar dela.

Finalmente para o fundo decidi que, para as caras mais detalhadas, utilizaria lápis de cor dando efeitos mais realistas a estas, já às outras simplesmente utilizei marcadores de ponta super fina para ser visualmente mais incerto (figura 12) representando a confusão extrema que vai na cabeça da personagem em primeiro plano.


    Figura 12


Para concluir, este trabalho serviu para sair da minha área de conforto nas artes. Fiquei diversas vezes ansiosa ao ver alguns tipos de imagens e, sinceramente, acho que consegui cumprir e expressar a minha ideia para o trabalho."

Águas Santas, 06.12. 2023 e 07.12. 2023
Catarina Medeiros