Trabalho realizado em DAC nas disciplinas de Português e Desenho A, pelos alunos do 12.ºD, com as professoras Lizete Pinheiro e Cristina Magalhães
Realização de Joana Madureira
Sara Costa
A obra renascentista “Primavera”, ou também intitulada “Alegoria da Primavera”, datada de 1482, é uma pintura de caráter mitológico com significados alegóricos e complexos, da autoria de Sandro Botticelli.
O quadro apresenta nove diferentes figuras que são, respetivamente, da esquerda para a direita, Hermes, o mensageiro de Deus, que é apresentado com vestes vermelhas intensas e espada à cinta, de costas voltadas para a cena principal e de ramo na mão a tentar afastar algo semelhante a pequenas nuvens. Do seu lado, as três graças (Eufrosina, Tácia e Aglaia) unem as mãos num círculo de festejo e dança, enquanto envergam vestimentas transparentes, permitindo a visualização dos seus corpos nus. Afrodite, que se encontra no centro da ação, possui, ao contrário das três graças, um longo vestido branco com um panejamento de cor quente que capta de imediato a atenção do leitor. Além disso, a Deusa do amor e fertilidade é representada com um notável ventre que remete para uma possível gravidez. Posicionado por cima de Afrodite pode ainda observar-se o filho, Cúpido, que aponta o arco e flecha em direção às três graças. Com um vestido floral e uma coroa na cabeça, encontra-se Flora, a segurar o seu ventre, que sugere, mais uma vez, a gestação. Ao seu lado, Clóris, de roupas transparentes e com uma hera na face, apoia-se na Deusa, enquanto Zéfiro, de pele e asas azuladas, a agarra, tentando aliciá-la a aproximar-se dele.
Para além das figuras, a paisagem também contribui para a complexidade de interpretação da obra, evidenciando-se um grande contraste cromático em relação às personagens. O fundo retrata um ambiente natural escuro, onde os negros e os vultos do arvoredo predominam. No entanto, constata-se a presença de pequenos frutos e flores que se destacam graças às cores brilhantes.
A obra personifica, através das figuras mitológicas, os ideais da primavera, desde a sedução e acasalamento, presentes nos corpos despidos, no Cupido (símbolo de paixão) e na alusão à história de amor entre Clóris e Zéfiro, até à fertilidade e ao começo de um novo ciclo de vida, representados pelos ventres da Deusa Afrodite e Flora.
Por outro lado, o ambiente noturno e obscuro relaciona-se com o inverno que se retira gradualmente, dando lugar ao florescer de nova vegetação, indicando a chegada da estação seguinte, sendo esta transição auxiliada pelo Deus Hermes.
Para concluir, a obra de Sandro Botticelli é uma das mais notáveis da sua época e uma extraordinária representação simbólica da primavera.
Sara Costa
José Veiga
Joana Alves
A Primavera, também conhecida como “A Alegoria da Primavera”, é um quadro do pintor renascentista Sandro Botticelli, de 1482. Foi encomendado por uma das famílias mais influentes de Florença, a família Médicis. É possível que o pintor se tenha inspirado nos ideais do Renascimento e da Antiguidade Clássica.
A obra simboliza e celebra a chegada da primavera, sendo assim representada através da aparição de Vénus, deusa do Amor, no meio de um bosque de laranjeiras que se fecham em semicírculo, como uma auréola em volta da Deusa, dando a ideia que é a personagem principal do quadro assemelhando-se à Virgem Maria. Um pouco acima da figura de Vénus, aparece o filho Eros que atira flechas de amor com os olhos vendados.
À direita do quadro sob a forma de um ser alado, azul esverdeado surge como uma brisa, Zéfiro, Deus do Vento. Este persegue uma ninfa com vestes transparentes, Clóris, que o olha, apavorada. Da sua boca saem flores que se misturam com as flores do vestido da mulher ao seu lado, espalhando-se pelo chão, personificando, assim, a primavera que simboliza a fertilidade.
No lado esquerdo do quadro, vemos três mulheres com vestidos transparentes, que dançam entre si e representam a beleza, a castidade e a sensualidade. Ao lado encontra-se Mercúrio, o mensageiro dos deuses, caracterizado pelas suas sandálias com asas e a espada na mão direita, demonstrando a sua função de guardião do bosque.
A atitude e o movimento das personagens comprovam a harmoniosa união que existe entre o homem e a natureza.
A escuridão do fundo transmitida pelo negro dos troncos das árvores remete para uma ideia de noite, mas, os raios de luz trazidos pelo azul por entre os troncos dão uma sensação de um dia que ainda não terminou, podendo assim conjugar o fim do inverno e a chegada da primavera com a mudança do dia para a noite. Nota-se que todas as mulheres apresentam sinais de gravidez, devido ao ventre saliente, o que também representa mudança e renovação de um ciclo.
A obra pode ser interpretada como uma ilustração do amor platónico, comum na família Médicis.
Em suma, a extraordinária pintura de Botticelli ilustra com veracidade a celebração da chegada da nova estação, como símbolo de renovação e de beleza.
Joana Alves
Sílvia Silva
Érica Lopes
(O quadro roubado)
A alegoria da Primavera é um quadro de Sandro Botticelli, de 1482, que atualmente se encontra na Galeria Uffizi em Florença.
Neste quadro, podemos identificar várias personagens, tais como, a Deusa do Amor, Vénus, que se encontra no centro do quadro. Por cima dessa podemos ver o seu filho Eros, que atira flechas de amor com os olhos vendados. À direita do quadro encontra-se Zéfiro que está retratado sob a forma de um ser alado, azul esverdeado. Este persegue uma ninfa, Clóris, que o olha com horror, ao mesmo tempo que desesperadamente se tenta agarrar a uma outra personagem, Clóris, da boca da qual saem flores que se misturam com o vestido de Flora, a ninfa com vestido florido. Do lado oposto, encontram-se as três graças, Aglaia, Tália, e Eufrosina, que representam a beleza, a castidade e a sensualidade, que dançam alegres em roda, celebrando a vida da primavera, alheias ao que se passa do outro lado. Ao lado das três graças, podemos reconhecer pelas suas sandálias aladas e a espada que carrega na mão direita, Mercúrio, o mensageiro dos deuses.
O quadro festeja a chegada da primavera, sendo que o movimento das personagens demonstra a harmonia existente entre o Homem e a natureza. Por cima da cabeça de Vénus as laranjeiras formam um semicírculo, formando assim uma auréola que circunda a personagem principal deste quadro. Vénus era, assim, vista como um ser de dupla natureza, terrestre e celestial, ligada ao amor humano e ao amor universal, da qual Botticelli traçou semelhanças com a Virgem Maria. Podemos também observar que todas as personagens femininas desta obra parecem estar gravidas, e simbolizam a celebração da vida, na terra e no mundo celeste.
Nesta obra, também podemos reter algo importante: a apologia do amor platónico e não do amor físico, uma vez que, do lado direito do quadro, Zéfiro tenta seduzir Clóris, a procura de um amor físico. Esta ideia confirma-se pelo facto de, por cima destas personagens não existirem laranjas, ou seja, as laranjeiras não deram fruto perante essa ação, mas elas começam a crescer a partir do momento em que Clóris toca em Flora, começando aí o amor platónico, não necessariamente um amor de atração, mas sim um amor de amizade, entre Clóris e Flora.
Por fim, podemos constatar que todas as personagens usam vestes transparentes, à exceção de Vénus e Mercúrio, que usam o vermelho, que simboliza a celebração da vida na terra através das divindades. Assim todas as personagens destacam-se pela sua suavidade e cores que contrastam com o fundo e o chão escuro.
Em conclusão, todos os elementos se conjugam, nesta obra extraordinária de Botticelli, de forma a celebrar a primavera.
Érica Lopes
Daniela Dias
Sofia Moreira
Beatriz Pereira
“Alegoria da Primavera” é um famoso quadro do pintor Sandro Botticelli, de 1482, encomendado pela família Medici, uma das mais influentes famílias de Florença. Como uma obra do Renascimento, o artista inspirou-se nos ideais e na mitologia da Época Clássica.
As nove personagens constituintes do quadro estão situadas num detalhado bosque de laranjeiras e celebram a chegada da primavera. Ao centro observa-se Vénus, deusa do amor. Atrás dela, as laranjeiras fecham-se sobre a deusa como uma aureola divina. Eros, o seu filho, posiciona-se acima da mãe e atira flechas de amor. À direita, encontra-se um ser azul-escuro que se assemelha a uma corrente de ar, Zéfiro, o deus do vento. Zéfiro persegue uma ninfa, Clóris, de vestes transparentes, que o olha, assustada. Da boca de Clóris caem flores, que se misturam com o vestido da mulher ao seu lado. Por fim, à esquerda situa-se Mercúrio, o mensageiro dos deuses, e três mulheres com vestidos transparentes que dançam juntas.
Com pouca iluminação, o fundo escuro remete para a noite, que representa a mudança e um novo começo, tal como a primavera que fará renascer a flora, após o inverno severo.
A personagem principal da composição, Vénus surge como a protetora dos homens, podendo ser comparada à Virgem Maria, devido à auréola que a cerca. A deusa tem como função distinguir a realidade físico do mundo místico.
Desse modo, a obra está dividida entre o mundo espiritual (à esquerda) e o mundo material (à direita), sendo as figuras masculinas (Zéfiro e Mercúrio) representativas da oposição entre estes dois mundos. Zéfiro viola Clóris através de um suspiro. Este amor carnal e material é ignorado pelas ninfas e por Mercúrio, que viram costas para a cena, pois não consideram aquele amor autêntico. Observando as laranjeiras, conclui-se que, do lado direito, acima de Zéfiro e Clóris, não existem laranjas, dando a entender que o amor físico não deu frutos. Por sua vez, a mulher à esquerda de Clóris é a própria personificação da Primavera, que transporta e espalha as flores pela terra. Esta figura encontra-se também no lado do mundo material, uma vez que corresponde a um elemento físico da natureza humana.
Por sua vez, o verdadeiro amor seria um amor platónico e etéreo, representado no lado esquerdo, onde Mercúrio, com a sua espada, cumpre a função de guardião e protetor do bosque, da primavera e desse amor idealizado.
As três mulheres que dançam alegremente, festejando a chegada da primavera, são as Três Graças, representações da beleza, da pureza e da castidade. Tudo nelas é leve e esvoaçante, tal como a estação que chega.
É possível notar que todas as mulheres apresentam ventres de gravidez, dado que a figura feminina simboliza a metamorfose e representa a origem de um novo ciclo.
Por fim, os tons quentes de vermelho e laranja, que surgem nas vestes de Vénus e Mercúrio, nas flores do bosque e nas laranjas, contrastam com o fundo escuro e transmitem uma sensação de acolhimento e conforto. Estas cores simbolizam o amor, o calor e a felicidade da vida que renasce.
Em suma, na “Alegoria da primavera”, Botticelli cumpre com êxito a sua intenção de eternizar a primavera, através das cores e das tintas, celebrando a estação, a vida e o amor.
Beatriz Pereira
Joana Madureira
"Primavera", uma das obras mais conhecidas de Botticelli, é uma alegoria. Com dimensões de 202x314cm e utilizando a técnica de têmpera sobre madeira, o quadro retrata um grupo de figuras mitológicas num jardim. Apresenta diversos significados alegóricos, cuja interpretação é difícil e ainda incerta. Esta é uma obra de arte de temática profana e muito refinada em detalhes.
A pintura contém uma representação mitológica da Primavera, ou seja, da fertilidade e da harmonia. Da esquerda para a direita, constata-se a presença de Mercúrio (mensageiro dos deuses), as três Graças (ninfas da felicidade), Vénus (deusa do amor) encimada por Cupido (deus do amor) e a ninfa Clóris, que é raptada por Zéfiro (deus do vento) e se transforma em Flora (deusa das flores, personificação da Primavera).
Entre as muitas interpretações possíveis propostas por vários especialistas, o que é certo é o sentido humanista da obra: Vénus é a “Humanitas”, que distingue o mundo material (à direita) do mundo espiritual (à esquerda). Esta conceção antiga era de influência humanista, renascentista e dos ideais neoplatónicos da corte Medici.
Numa observação breve, as personagens sobrepõem-se ao fundo, com paletas cromáticas mais leves e quentes, nomeadamente através do uso de branco e vermelho nas vestes das figuras. O vermelho tem uma variedade de significados simbólicos em muitas culturas diferentes, pois pode significar: vida, saúde, vigor, guerra, coragem, raiva, amor e fervor religioso. O traço comum é que tudo isso exige paixão. O branco representa pureza ou inocência, mas também pode transmitir limpeza, frescor e simplicidade.
O fundo representa um bosque com inúmeras flores e laranjeiras. Estes elementos destacam-se mais no fundo escuro pelas suas cores, assim como várias figuras mitológicas. No entanto, Zéfiro consegue confundir-se no fundo escuro que se pode associar a morte, o inverno e a noite. Essa frieza confunde-se com a própria aura do deus do vento que agarra a ninfa à força. Ninguém parece querer olhar para tal forma de “amor”. É o que acontece com a natureza, pois as laranjeiras não dão fruto em cima de tal relação carnal.
Os tons de laranja, utilizados nos frutos e em alguns detalhes, estão associados às sensações de alegria, calor, sol, entusiasmo, criatividade, mudança, felicidade, diversão, prazer, equilíbrio, sexualidade, liberdade, expressão e fascínio. Laranja é a cor da alegria e da criatividade que traz consigo a mudança. Esta cor relaciona-se com a vida, sendo assim reforçada a ideia de que o Inverno e a Primavera são estações visualmente contrastantes. Este tom de laranja é inclusive próximo do amarelo que é uma das cores (sendo a outra o roxo) que quebra o ciclo “frio e quente” das cores, transmitindo assim mais uma vez a mudança de estações, e da passagem da morte para a vida.
Em suma, as figuras mitológicas presentes no quadro e a flora simbolizam a fertilidade e a satisfação que a estação da vida pode proporcionar.
Esta pintura mostra, assim, como Botticelli transmite a cultura renascentista e a filosofia platónica do amor.
Joana Madureira
Thamm
Parabéns aos alunos pelo trabalho e pela entrega e dedicação. Uma palavra de gratidão especial à professora de Desenho A que tornou todas as possibilidades de projeto em reais objetos de expressão de arte. Beijinhos a todos.
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