sexta-feira, 5 de julho de 2024

Trabalho Livre de Ana Luísa Felizardo, 11.ºE

Ana Felizardo, Gift (in german), acrílico e guache s/ tela, 2024



Memória descritiva do trabalho livre do 3º período

    "Este trabalho foi realizado no âmbito da disciplina de Desenho A da turma 11ºE, do ano letivo de 2023/2024, lecionado por Ana Cristina Magalhães, na escola secundária de Águas Santas, entre os dias 15 e 23 de maio de 2024.
    Aproximando-se o final de outro ano letivo no curso de Artes Visuais, deparei-me com a obrigação de representar, da melhor forma, tudo o que consolidei e melhorei neste ano, e também como amadureci artística e pessoalmente. Com recomendação da professora, decidi trabalhar num autorretrato pois, afinal de contas, o autoconhecimento é, para mim, o objetivo supremo de frequentar o curso de Artes Visuais e talvez continuá-lo no futuro próximo.
    Como todos os meus outros trabalhos, a tela passou por diversas modificações para chegar ao resultado final. Apenas realizei rascunhos digitais do meu rosto para que pudesse ter melhor noção das suas proporções. Na fase inicial preparei a minha tela com cores de base e uma ideia geral da forma que pretendia pintar.
    O meu objetivo para esta pintura era criar algo espontâneo, talvez um pouco impressionista (na sua essência temática mais do que técnica). Portanto, não planeei com rigor o que ia pintar desde o início. Apenas deixei que o meu subconsciente trabalhasse. No começo, este novo método deixou-me algo estagnada, mas com o avançar do trabalho, as ideias foram se desenrolando por si próprias.
    Visto que visionava que o meu rosto ficasse retratado assim como é na realidade, foi, então, o elemento em que mais trabalhei e detalhei. Para chegar a uma mera semelhança do meu rosto, foram necessárias muitas alterações das formas gerais iniciais que tinha feito, e também do tom de pele. Como quis pintar-me numa espécie de paraíso e mundo selvagem, tive em conta a alteração da cor que a luz do sol pode provocar no tom de pele. Então, mantive-me com um tom quase dourado para dar a impressão de um bronze do pôr do sol.
    Após ter sucesso a dominar a forma geral do meu rosto, com intuito de conseguir terminar o meu trabalho a tempo, parti para a forma geral de outros elementos da pintura como o corpo e o vestuário, e também o que podia servir de fundo. Como cor, decidi utilizar um azul ultramarino que considerei contrastar os sobretons alaranjados da minha pele. Dado que, neste ano letivo, trabalhamos a pintura do acrílico sobre tela, apercebi-me possuir menos dificuldades para cobrir uma cor com outra, ou para realizar misturas únicas e espontâneas.
    Contudo, após chegar a esta fase do trabalho, onde o meu autorretrato estava quase totalmente completo, vi-me bloqueada para avançar. Por um lado, não gostei de ver os meus defeitos numa grande tela mas, por outro, senti negação quanto aos mesmos, perguntando-me a mim mesma se teria pintado de maneira pouco rigorosa. Esta situação deixou-me confusa, pois, desde sempre, tenho dificuldades em ver-me como realmente sou, e autorretratos são, muitas vezes, responsáveis por acionar angustiantes episódios de disformia facial.
    Ainda assim, continuei a pintar o melhor que podia, deixando para terminar o meu rosto quando a minha auto perceção se encontrasse mais estável e credível, ou seja, como último passo. Aperfeiçoei, então, os cabelos e os detalhes do vestido, e comecei a ponderar que elementos podia adicionar como fundo. Como já mencionei anteriormente que, como fundo, desejava representar um paraíso tropical, pintei então flores, folhas e um pequeno guepardo. A este ponto, começo a associar a minha identidade artística a felinos selvagens, pois além de serem animais dos quais gosto muito, realmente apreciei pintar um deles no último trabalho livre.
    Aproveitando a oportunidade de que, com este desenvolvimento no parágrafo anterior já ter introduzido o tópico de identidade artística, considero já meio caminho andado para explicar as minhas motivações por trás do trabalho e do seu tema. Relembrando, na introdução da memória descritiva, referi o meu desejo de retratar uma maior maturidade artística e pessoal. Por isto, estão responsáveis vários fatores provindos de acontecimentos deste ano letivo. O revivalismo de certas situações traumáticas e a desconsideração das mesmas por pessoas a quem acreditava serem chegadas abriu-me novas perspetivas sobre a minha identidade, o que me define a mim como pessoa. É importante mencionar, também, que a escolha de um autorretrato foi significantemente provocada por um desejo de criar maior autovalorização. Em termos artísticos, estes mesmos eventos na minha vida delinearam com mais clareza aquilo de que gosto e não gosto, e isto possibilitou-me desenvolver uma personalidade mais única quanto às minhas pinturas e trabalhos, ora pelo pensamento por trás das mesmas, ora até mesmo pelas pinceladas e paleta cromática.
    Nomeei este trabalho com a palavra Gift, vinda do alemão, pois considero a ironia na sua tradução muito interessante. Gift em alemão significa veneno, algo tóxico, e cativa-me o facto da mesma palavra significar presente, prenda, em inglês.
    A realização deste trabalho trouxe-me emoções semelhantes a todos os outros, mas uma característica do processo foi, claramente, diferente: aceitei os defeitos que via, sendo estes na pintura ou na realidade, e simplesmente segui em frente. Não é um trabalho de que me orgulho, de todo, mas penso que estarei a evoluir artisticamente pois não mais rejeitei todos os defeitos que antes eram tão perturbadores."

Ana Felizardo, 11.ºE

Trabalho Livre de Ana Sofia Silva, 11.ºE

Ana Sofia Silva, ”O Sonho”, acrílico sobre tela, 30x45cm, 2024
 

Memória Descritiva de Ana Sofia Aroso Silva

Trabalho realizado por Ana Sofia Silva, no âmbito da disciplina de Desenho A,
professora Ana Cristina Magalhães, Escola Secundária de Águas Santas


    "Desde sempre me rodeei da minha imaginação e fantasia, constantemente envolvida no meu próprio mundo, na terra dos sonhos. Nesta pintura quis ilustrar isso mesmo, representando uma figura feminina adormecida, dentro de um mundo fantástico, uma floresta, rodeada por criaturas míticas, que a observam como algo incomum naquele mundo.
    Estas personagens são inspiradas em contos, histórias de fantasia que vemos regularmente, como o caso do dragão ao centro, uma criatura adorada, muitas vezes temida, mas que eu quis representar de modo curioso e delicado e do troll mais abaixo, que quase se confunde com o fundo em que está inserido, como é comum nas suas referências à conta da sua ligação com a natureza. Quis inserir também neste trabalho alguns detalhes pessoais, como a representação da minha gata como personagem fantástica que me acompanha até durante o sono e dentro dos meus sonhos, com asas e antenas de borboleta, e referências aos meus dois livros preferidos.
    A primeira referência, e a mais notável, é a personagem à direita do troll, que teve inspiração em Oak, uma personagem de Príncipe Cruel, de Holly Black. Já a segunda referência é de As Filhas da Floresta de Alaitz Leceaga, onde a personagem principal deixa um rasto de pequenas flores azuis por onde passaram os seus poderes, e eu ilustrei pequenas flores tanto no cabelo da rapariga, como na relva à sua volta, apenas como um pequeno detalhe.
    Todo o envolvimento do cenário é fantasioso, uma floresta à noite remete à sensação de sonho, de dormir, e de história, fantasia, já que é a este ambiente que o associamos geralmente, eu tinha por intenção que esta pintura remetesse à ilustração dos livros e a esse sentido de sonho e imaginário. A envolvência do escuro da noite traz também um contraste com a personagem central que está vestida de branco, e ao dragão central que tem contrastes a amarelo.
    Toda esta pintura remete para a minha tendência de fugir da realidade para dentro de livros e fantasias muito mais agradáveis do que a simplicidade e ao mesmo tempo desgraça do mundo real, encontrando nestes um refúgio secreto dentro da minha mente, mesmo que seja a dormir.
    Utilizei para este trabalho uma tela, de dimensões 30x45 cm, e tinta acrílica, que me permitiram trabalhar todo o efeito de ilustração com mais facilidade. Numa fase inicial do trabalho comecei por cobrir a tela com uma camada aguada de uma cor base, e em seguida fiz um esboço a carvão antes de começar a trabalhar a cor em concreto. Fiz também um estudo prévio por onde guiei todo o trabalho.
    Com isto, estes pequenos detalhes escondidos e referências ocultas, faço uma analogia mais notável de mim mesma, cheia de pequenos detalhes que não são distinguíveis com uma só olhada, e abordo uma constante da minha pessoa, com a sua tendência de viver no seu mundo dos sonhos."
Ana Sofia Silva, 11.ºE

Trabalho Livre de Ana Isabel Coelho, 11.ºE

 




Memória Descritiva de Ana Isabel
Desenho A, professora Ana Cristina

 Trabalho livre do 3º período ‘’7 Years of Evolution’’

    "Nesta memória descritiva irei falar de todos os passos e dias de trabalho na realização deste trabalho livre no âmbito da disciplina de Desenho A, do 3º período do ano letivo de 2023/2024, nomeado como ‘’7 Years of Evolution’’.
    Para trabalhar neste projeto optei por usar uma folha A3 de papel cavalinho, pastel de óleo, pastel seco, tinta acrílica, aguarela, caneta de tinta permanente preta, marcadores e uma posca branca. A origem de criar este desenho foi num momento onde estava a ver fotos antigas minhas e reparei numa grande evolução, especificamente de 7 anos atrás para os dias de hoje. Daí surgiu a ideia de representar a minha evolução de 7 anos, onde tem a minha versão com 10 anos no lado esquerdo e a minha versão atual com 17 anos no lado direito, estando divididas ao meio. Acabei por fazer o rascunho direto na folha e, como na primeira tentativa já me tinha agradado, mantive o esboço e continuei a rabiscar. Usei como referência 2 fotos minhas, uma foto próxima dos 10 anos e uma foto dos dias atuais com 17. Durante o rascunho notei no quanto evoluí fisicamente, o que me deixou feliz. Após o rascunho feito, peguei numa caneta de tinta permanente preta e marcadores para realçar o rosto e o cabelo para ser mais fácil começar a trabalhar a cor com os outros materiais numa técnica mista.
    Feito isso comecei a colorir o lado esquerdo, onde tinha um cabelo enorme e uma franja grande e bonita, mas não estava bem psicologicamente, pois nessa época estava a entrar numa depressão profunda e numa ansiedade agoniante, tanto que no desenho evidencio uma grande olheira. Desde então comecei a viver sempre triste, mesmo tendo apoio de pessoas chegadas e familiares, a expressão é de tristeza e agonia e a chorar de tão cansada que estava na época. Usando cores frias, o fundo é um contraste de azul, roxo e preto, que simboliza a tristeza, raiva, medo, ansiedade, como se estivesse a viver num fundo sombrio e sem fim que me consumia aos bocados. De seguida passei para o lado direito, atualmente tenho o cabelo curto e estou ainda em fase de tratamento desses meus problemas psicológicos, mas apesar de não estar totalmente bem e curada sinto-me bastante melhor, com os olhos radiantes e muito mais animada, apesar de ainda evidenciar algum cansaço notável, principalmente pela olheira que ainda se mantém. No lado direito encontro-me feliz, com a bochecha corada e os olhos a brilhar, como se estivesse a recuperar o brilho que perdi há 7 anos atrás. O fundo tem contraste de cores quentes amarelas, laranjas e vermelhas que simboliza felicidade, prosperidade, sucesso, amor e o otimismo. Realça o brilho da felicidade a expandir-se em mim, e o rosa na bochecha significa delicadeza e timidez e que estou a começar a aceitar quem realmente sou e a começar a gostar de outro alguém romanticamente, mas isso é segredo...
    Com este trabalho pretendo fazer uma crítica a mim mesma e ao próximo: não importa quanto tempo passe, sempre vamos evidenciar grandes mudanças, sejam elas positivas ou negativas, sendo um grande processo para a nossa auto realização e nos tornarmos nas pessoas que somos hoje em dia. Com isto refleti sobre todas as minhas memórias e conquistas, que me fizeram chegar até aqui e no que me tornei, e sou grata por tudo, mesmo que muita coisa negativa tenha acontecido comigo."

Ana Isabel Coelho, 11ºE

Trabalho Livre de Beatriz Melo, 11.ºE

 O Olhar de Medusa, 42cm x 29,7cm, Aguarela e Pastel de óleo


"O Olhar de Medusa

    Neste trabalho decidi desenhar algo carregado de simbolismo, capturando um momento intenso entre duas figuras, a Medusa e a estátua de um homem. Ao juntar elementos mitológicos com uma representação artística quis explorar a tensão do encontro entre estas duas personagens.
    No lado esquerdo comecei a desenhar a estátua de um homem e de seguida pintei utilizando aguarela em vários tons de cinza para se assemelhar a uma estátua. A mesma, com um olhar fixo e expressivo, direciona o seu olhar para a direita, onde está a Medusa.
    Do lado onde se encontra a Medusa comecei por desenhar a cara dela e depois alguns traços para saber onde as cobras se iam posicionar e seguidamente utilizei tons de verde claros para dar um ar pálido à cara dela. O rosto dela demonstra uma expressão inquietante como se não quisesse estar a olhar para a estátua. No meio da folha coloquei uma cobra que tem como função intensificar a conexão visual agonizante entre as duas figuras.
    Como fundo usei um azul vibrante de propósito para dar mais realce à cobra já que ela é como um ponto de conexão entre eles e representa o meio pelo qual o poder de Medusa é exercido.
    Combinei técnicas de aguarela e pastel de óleo para criar uma narrativa visual rica e emocionante. A interação entre a estátua e a Medusa, que é mediada pelo olhar e pelas serpentes, cria uma composição dinâmica e evocativa com o intuito de prender a atenção do espectador e sugerir uma história de amor que não acabou bem."
Beatriz Melo, 11.ºE

Esteganografia a duas cores

DAC de Educação Visual e Português - 8.ºD


Parece impossível, mas eu sou...
Arquitetura do séc. XX e XXI, em esteganografia a duas cores



Educação Visual - 8.ºE

Arquitetura portuguesa do séc. XX e XXI em esteganografia a duas cores


Trabalhos realizados pelos alunos da professora de Educação Visual, Maria Rita Silva



 

quarta-feira, 26 de junho de 2024

Trabalho Livre de Beatriz Moreira, 11.ºE


Beatriz Moreira

 

    "Para a disciplina de desenho A da Professora Ana Cristina Magalhães, realizei um trabalho inspirado no meu jogo favorito, The Last of Us. Nesta memória descritiva estão presentes algumas técnicas que aprendi e materiais que utilizei durante as aulas e nos trabalhos de casa destes anos letivos.

    A história do jogo é à volta de um fungo que começa a infetar seres humanos, existindo assim uma pandemia. Os infetados matam e mordem os humanos, para que o fungo se espalhe e controle mais pessoas. Ellie, a minha personagem favorita e a retratada no desenho, é imune ao fungo, então parte numa viagem com Joel (também retratado no trabalho), para ser levada a um grupo conhecido como Pirilampos, para ser examinada e encontrarem uma cura, porém, a cura significava a morte dela. Nos meses de viagem até lá, Joel e Ellie desenvolveram uma relação de pai e filha, e quando Joel descobre que os exames matariam a mais nova, tenta tirá-la dos Pirilampos, mas os mesmos não o permitem, levando Joel a matá-los para recuperar e salvar Ellie. Mais tarde, Joel é morto por vingança da filha de um dos médicos que ia examinar Ellie (já que Joel matou o mesmo). 

    No meu trabalho retratei as duas personagens em questão para falar de um sentimento típico de Portugal, a saudade. Quis desenhar ambos com a guitarra, pois foi Joel que incentivou Ellie a aprender a tocar o instrumento, e depois da sua morte, isso era a única coisa que fazia com que Ellie se sentisse mais próxima do “pai”.

    Em folhas soltas comecei por fazer um rascunho dos mencionados, e para isso utilizei duas imagens de referência. 

    Depois de passar para uma folha A3 de papel cavalinho comecei a pintura. Utilizei lápis de cor da marca “Winsor & Newton”. Para a figura feminina optei por usar um tom verde tropa no casaco, e castanhos para a guitarra e cabelo, para se adequar a personagem. Para o Joel usei apenas um tom escuro em alguns detalhes, já que no desenho ele é só uma memória e não está completamente presente.

    No fundo usei um tom cinzento claro em aguarela e fiz algumas manchas com uma cor mais escura à volta da personagem."

Beatriz Moreira, 11.ºE


Trabalho Livre de Tiago Santos, 11.ºE


Tiago Santos,

 

    "Este trabalho livre foi realizado para a disciplina de Desenho, da professora Ana Cristina Magalhães, no dia 12/05/2024.

   Esta ideia surgiu após algumas conversas na brincadeira com amigos, no caso, como as pessoas parecem diferentes à primeira vista e que passado algum tempo temos opiniões completamente diferentes.

  Para transmitir essa ideia eu decidi desenhar duas pessoas iguais só que em posições diferentes, pois para nós conseguirmos ver as duas pessoas na “posição normal” teríamos sempre de virar o quadro e ver primeiro uma e depois a outra, como é possível ver na imagem abaixo."

Tiago Santos, 11.ºE


Trabalho Livre de Zahira Rosa, 11.ºE

 Zahira Rosa, Sem Título, técnica mista s/tela, 2024



Memória descritiva do Trabalho Livre

    

    "Para começar, neste trabalho optei por trabalhar com a tinta a óleo com detalhes a acrílico. Usei óleo por ser um material que já tenho um pouco mais de interesse e experiência. O trabalho não tem nenhuma relação com a minha vida, por algum motivo parece-me a minha melhor amiga. 
    Neste trabalho tentei demonstrar a beleza feminina, mas claramente não deu muito certo. No começo pensei em fazer uma jovem morena com os seus cabelos cacheados, mostrando uma beleza exótica. Por erro meu o trabalho não mostrou as minhas qualidades artísticas, sendo uma pena. Em algumas partes do quadro tentei usar pinceladas mais fortes, mas optei por usar uma esponja para fazer a árvore (as folhas) e o céu. As cores que usei são as que mais me atraem visualmente, como o rosa na árvore, o azul no céu, os detalhes a amarelo nas joias presentes na mulher. A figura feminina tem uma rosa nas mãos para mostrar a beleza feminina comparada a uma rosa. A estrutura branca presente no trabalho foi inspirada no Pártenon, pois os gregos tinham uma perceção de beleza um pouco diferente do que é agora. Na época só os homens tinham direito à cidadania, a beleza feminina era inspirada na beleza masculina, sem curvas, a beleza era a qualidade masculina, algo que muitas mulheres não poderiam alcançar. 
    O meu trabalho não é de todo uma crítica à sociedade da época, mas sim para mostrar que o corpo feminino não tem que ser como os homens gostam e sim como as pessoas se sentem melhor. Na atualidade as mulheres são criticadas pelo seu corpo e por não estarem no padrão. A natureza presente é para realçar a mulher como a verdadeira mãe da natureza."
Zahira Rosa, 11.ºE

Trabalho Livre de Catarina Santos


Catarina Medeiros, PHDA - Pensamentos a mil, 2024 tinta acrílica, canetas, esferográfica, lápis de cor, lápis de cera e pastel de óleo s/tela


    "Este trabalho foi realizado no âmbito da disciplina de Desenho A, a pedido da professora Ana Cristina Magalhães. Nele quis  expressar um pouquinho de como são os pensamentos na cabeça de uma pessoa com PHDA (Perturbação de Hiperatividade/Défice de Atenção), chamando-o de PHDA- Pensamentos a mil. Antes da ideia final, pensava fazer um trabalho ligado ao crescimento humano e a sua relação com o tempo em termos de passado, presente e futuro ou então sobre vício nas telas, o que acabaram por ser ideias descartadas. Comecei então a procurar novas referências e ideias.
    Ao longo do ano letivo ganhei um certo interesse em psicologia, devido a uma patologia que possuo chamada PHDA. Os indivíduos que a possuem demonstram ter uma variedade de características sendo as principais: falta de atenção constante, impulsividade, hiperatividade física e mental. Dentro delas, selecionei a hiperatividade mental (que é característica obrigatória num indivíduo com PHDA) que é responsável pela enorme quantidade de pensamentos que fluem numa velocidade espantosa no cérebro de quem tem esta patologia. Com isto, decidi mostrar mais ou menos como é que é a mente de quem tem PHDA nomeando assim o trabalho de PHDA - Pensamentos a mil.
    Na realização deste trabalho, inspirei-me numa psiquiatra brasileira chamada Ana Beatriz Barbosa Silva que, por acaso, também possui PHDA e para além dela, em algumas imagens retiradas do pinterest.
    Iniciei por fazer um sketch de como seria o trabalho para assim passar para o suporte final. Na tela comecei por pintar o cérebro com tinta acrílica rosa claro para dar a entender que é um cérebro e logo de seguida a cabeça com o mesmo material. Entretanto acrescentei cores mais escuras em ambos para dar profundidade. De seguida, desenhei uma forma irregular até ambos os cantos superiores da tela de modo a representar os pensamentos variados da pessoa.
    No ‘’Balão’’ decidi desenhar e pintar várias referências a outros trabalhos realizados durante o ano letivo."
Catarina Medeiros, 11.ºE

Trabalho Livre de Raquel Simão, 11.ºE


Raquel Simão

 

Trabalho Livre de Afonso Barbosa - 11.ºE

 

Afonso Barbosa, As Divindades que Vivem em Mim, técnica mista


Memória Descritiva
”As Divindades que Vivem em Mim"



    "No trabalho livre deste período utilizei figuras místicas “divindades” para me representar nas  diferentes facetas. Para tal comecei por fazer um rascunho com recurso a pastel seco em cima da tela. Estou em primeiro plano de costas para os espectadores direcionando o meu olhar para as “ divindades “.
    No princípio do trabalho tinha a ideia de representar pessoas que eram importantes para mim mas, devido a acontecimentos durante a realização do trabalho, as ideias mudaram tornando- se um trabalho autobiográfico. Com o rascunho terminado comecei a aplicar tinta acrílica nas personagens do quadro e, como podemos observar,  as “divindades “ perderam as suas características humanas, tendo algumas sido transformadas parcial ou totalmente em elementos da natureza ou animais.
    Nas primeiras aplicações de tinta acrílica algumas ideias de “divindades “ foram criadas e abandonadas, como por exemplo as raízes verdes que saiam dos olhos de algumas personagens que foram alteradas para se tornarem asas, e a “divindade” no lado esquerdo do quadro foi transformado em um cão. .As “divindades” que se encontram ao meio da tela possuem elementos naturais, tendo o do meio bolhas e o que está mais à direita um buraco negro. Para desenhar as bolhas na face da “divindade“ central utilizei o pastel seco, pois assim consegui transmitir a mensagem de fragilidade mais facilmente. Para a “divindade” à sua direita desenhei o buraco negro com recurso a tinta acrílica de cores azul e laranja, sendo que uma é complementar da outra, dando um efeito de profundidade no buraco negro.
A “divindade” que tem focinho de cão é inspirada numa música da artista Mitski que se chama “I bet on losing Dogs“. A música é sobre amores falhados e o desejo de ter alguém que nos ame. Esta música é muito pessoal, pois como a artista Mitski sente que só aposta em amores falhados, o mesmo acontece comigo, tendo a “divindade” com focinho de cão auréolas em volta dos olhos, simbolizando a “dificuldade “ em encontrar o amor. A “divindade que como cara tem um buraco negro representa a maneira como lido com a minha ansiedade, que é ”comendo os sentimentos”, não lhes dando importância quando me começam a incomodar. <representando assim um buraco negro que engole tudo que esteja perto. A ”divindade” que possui bolhas em metade do seu rosto representa a fragilidade que não só eu mas todos têm, tendo cada pessoa as suas vulnerabilidades e individualidades. E, por fim, as divindades com asas nos olhos são um reflexo de mim sendo observadores do que me acontece."
Afonso Barbosa, 11.ºE

Trabalho Livre de Santiago Dias, 11.ºE


Santiago Dias, aguarela sobre papel, 29x42cm

Catarina Medeiros - Peixe Tobias

 

Catarina Medeiros, Peixe Tobias, aguarela s/papel , 29x42cm, 2024


    Num DAC entre as disciplinas de Desenho A, Português e Inglês, foi-nos proposto que fizéssemos uma ilustração de um dos peixes do Sermão de Santo António aos Peixes de Padre António Vieira, fazer uma memória descritiva dessa ilustração e por fim traduzi-la para Inglês.
Para dar início ao trabalho, tínhamos de escolher o peixe que iríamos ilustrar, para assim podermos formar uma ideia e colocá-la no papel. De todos, selecionei o peixe Tobias, apenas por ser o menos escolhido. De seguida comecei por fazer uma pesquisa a fim de relembrar certas características dele (para além das que nos são apresentadas na obra).
    Antes de idealizar a ilustração em si, decidi fazer uma espécie de rascunho da aparência do meu peixe (fig1) para me basear nela e assim passar à construção da ideia. Ainda no diário gráfico, comecei a idealizar o peixe e a ilustração em si (fig2), a base da ideia era em vez de ser o Santo António a falar, seria Tobias que tecnicamente o estaria a representar. O estilo que selecionei deste ser marítimo foi de animação, afinal geralmente numa animação ganhamos uma ampla variedade de interações do personagem com quem o está a ver, podendo até ultrapassar as leis da gravidade por exemplo. E foi de certa maneira o que eu fiz, por ser uma representação de Santo António, decidi mudar o meio do peixe colocando-o na área terrestre, como se ele depois da obra tivesse a passar a palavra para aqueles que antes não quiseram ouvir, dando também a entender que os humanos dão mais importância ao que é irreal do que na verdade representa a realidade. Nesta etapa, ocorreu-me uma ‘’piada’’ com o nome Tobias, já que o peixe curava a cegueira ele chamar-se-ia Tobês ou Toberás, no momento soou-me engraçado.
    A ilustração está dividida em duas partes (como na maioria das capas das edições da obra), a de quem fala (Tobias) no meio terrestre e a de quem ouve (os humanos) que estão no meio marítimo. Isto claramente foi propositado como já referi acima, mas não só, para além de representar Santo António, sendo uma espécie de discípulo do mesmo. Tobias, personagem alegórica, apresenta comportamentos humanos estando apoiado apenas pela sua barbatana traseira . Além disso ele dá-nos a impressão de estar a ler em voz alta para os humanos que apenas o ouvem, estando inseridos no meio aquático, adquirindo o papel restante que na obra pertencia aos peixes.
    O suporte utilizado foi papel de aguarela A3 e os materiais (utilizados) foram tintas de aguarela.
    Finalmente, de todo o trabalho, aquilo de que mais gostei foi a ajuda que me deu para imaginar, sair fora da caixa.
Catarina Medeiros, 11.ºE

Beatriz Moreira - Quatro Olhos

 


Beatriz Moreira, Quatro-Olhos, 42x29cm, aguarela s/papel, 2024



    Para uma DAC entre as disciplinas de Desenho A, Português e Inglês, realizei um trabalho onde retratei o peixe quatro olhos da obra Sermão de Santo António aos Peixes, de António Vieira. 

      Nesta memória descritiva vão estar presentes o meu processo de trabalho, as técnicas e os materiais usados.

      O peixe escolhido simboliza a visão, a iluminação, e tem a capacidade de distinguir o bem e o mal. Dois dos seus olhos estão direcionados para cima, ou seja, para o céu, e os outros dois para baixo, o inferno.

      No meu caderno diário, já com o peixe idealizado, comecei por fazer diversos estudos da imagem que queria retratar e das cores que queria dar, em seguida passei o resultado final para uma folha A3 de aguarela e avancei para a pintura. Com um tom claro de azul preenchi o fundo, querendo assim, retratar o mar. Para o peixe, optei por utilizar tons de laranja e cinzento para retratar a ideia que temos do inferno, um sítio extremamente quente, com a paleta de cores mais avermelhada e escura, e em algumas partes, a cor amarela, para dar a ideia do céu, da grandiosidade, felicidade e bondade. No entanto, sentia que o desenho estava muito vazio e, depois de pedir a opinião dos meus colegas e da professora, completei o trabalho a “espirrar” tinta para a folha e a rodar a mesma, para que a tinta se fosse espalhando pela obra de uma forma mais solta e livre, para isso usei tons de verde, roxo, amarelo e azul, apenas para dar mais cor ao desenho. 

      Foi um trabalho em que usei uma nova técnica e gostei de o fazer. 




    For a DAC between the subjects of Desenho A, Português and Inglês, I did a work in which I portrayed the four-eyed fish from Sermão de Santo António aos Peixes, written by Antônio Vieira.
    This descriptive memory will describe my working process, the techniques and materials used.
    The fish chosen symbolizes vision, enlightenment, and has the ability to distinguish between good and evil. Two of his eyes are directed upwards, which means towards heaven, and the other two downwards, towards hell.
    In my notebook, with the fish already conceived, I began by making several studies of the image I wanted to portray and the colors I wanted to give it, then I transferred the final result to an A3 watercolor sheet and moved on to painting. I filled in the background with a light shade of blue, wanting to portray the sea. For the fish, I chose to use shades of orange and grey to portray the idea we have of hell, an extremely hot place, with a redder and darker color palette, and in some parts, the color yellow, to give the idea of heaven, of grandeur, happiness and goodness. However, I felt that the drawing was too empty and, after asking my classmates and teacher for their opinion, I completed the work by "splashing" paint onto the sheet and turning it around, so that the paint would spread across the work in a looser and freer way, using shades of green, purple, yellow and blue, just to give the drawing more color.
    It was a job in which I used a new technique and I enjoyed doing it.
Beatriz Moreira, 11.ºE





Beatriz Melo - Roncador


Beatriz Melo, O Roncador, aguarela s/papel, 42x29cm, 2024

 


    A ilustração que realizei retrata o personagem "Roncador" do Sermão de Santo António com uma representação marcante da sua arrogância e irritação. O Roncador é visualizado em primeiro plano, ocupando a maior parte do espaço visual da composição.
    Comecei por fazer rascunhos do peixe, já que estava sem ideias até que decidi ilustrá-lo com uma expressão desagradável e umas auréolas, porque o mesmo emite sons graves e altos. O seu rosto é desenhado com detalhes que enfatizam sua irritação, com as sobrancelhas franzidas em um gesto de desagrado e os olhos revirados como se estivesse a reclamar de algo. A sua boca está aberta para que possa transmitir a sua arrogância gritando. A característica mais proeminente do desenho é o queixo do Roncador, que é retratado com uma proporção exagerada, dando ênfase à sua arrogância e autoridade. O queixo é largo e pronunciado, projetando-se para a frente de maneira dominadora. Esta característica física é enfatizada para transmitir a sensação de poder e presunção que o personagem representa. A expressão facial do Roncador é complementada por outros elementos visuais que reforçam sua personalidade arrogante. A sua roupa é desenhada de maneira a refletir sua posição de autoridade, com detalhes que sugerem uma vestimenta formal e elegante, tal como a roupa dos políticos, retratando assim o seu poder. O cenário ao redor do Roncador é simples, com poucos detalhes para não distrair a atenção do espectador da figura central. O fundo é composto por uma parede azul, permitindo que o personagem se destaque claramente.
    Em suma, a ilustração do Roncador do Sermão de Santo António é uma representação visual poderosa que captura a essência do personagem como descrito na obra. Através do uso de traços expressivos e detalhes cuidadosamente elaborados, o desenho transmite sua arrogância e irritação de forma vívida e impactante.
Beatriz Melo, 11.ºE

sexta-feira, 7 de junho de 2024

Mural "Jogos Infantis"

Este mural foi realizado com pormenores das figuras de jogos da obra de Bruegel. Utilizou-se a técnica de recorte e colagem. Está exposto na parede do corredor das exposições.



Alunos do 12.ºG, Pormenores da obra "Jogos Infantis", de Pieter Bruegel, o Velho


sexta-feira, 31 de maio de 2024

O Sermão de Santo António aos Peixes e a Cidadania do 11.ºE




Ana Isabel Coelho, Capa do Sermão, aguarela s/papel, 42x29cm, 2024


Tendo em consideração que, na época em que o "Sermão de Santo António aos Peixes" foi pregado no Maranhão, os pregadores chamavam a si todas as atenções e que os sermões, por sua vez, tinham um grande peso na sociedade, os alunos do 11.ºE consideraram a hipótese de estabelecer ligações à sociedade atual, cujos dirigentes são “pregadores” para um público pouco esclarecido em muitos assuntos, nomeadamente o ambiente,  e obtêm grande sucesso com argumentos desgastados e com falta de sustentabilidade. Críticos da sociedade da sua época, depressa se entusiasmaram com a ideia de expor em imagem e texto as suas ideias.

O "Sermão de Santo António aos Peixes" foi pregado no Maranhão, Brasil, em 13 de junho de 1654, dia de Santo António. Foi desta forma metafórica que o Padre António Vieira discursou contra a desumanidade com que os colonos portugueses tratavam os índios. O tema do sermão trata de um assunto intemporal: a variedade enorme de peixes que existem, o que fazem para se comerem uns aos outros e a sua ambição de poder, tal como hoje, metaforicamente falando, vale quase tudo para gerar lucros, sem respeito pelos outros.

Então, pegando nestas premissas, os alunos desenvolveram os seus trabalhos tendo por base os peixes mais famosos do Sermão, louvando-os (Tobias, Rémora, Torpedo e Quatro-olhos) ou repreendendo-os (Roncador, Pegador, Voador e Polvo).

Assim, louvores e repreensões deram origem a ilustrações dos peixes indicados, em Desenho A, deixando transparecer as suas virtudes e defeitos nas soluções plásticas utilizadas por cada aluno no seu trabalho. Após a ilustração, e na aula de português, os alunos defenderam as suas ideias numa memória descritiva do trabalho. De seguida, em Inglês, fizeram a tradução para a língua inglesa.

Agora, é exposto o trabalho final no átrio do pavilhão 2 da escola sede.

Cristina Magalhães,
Coordenadora de Cidadania do 11.ºE


Ana Luísa Felizardo - Rémora

 


Ana Luísa Felizardo, Rémora, aguarela s/papel, 42x29cm, 2024


    Este trabalho foi realizado no âmbito das disciplinas de Português, Inglês e Desenho A, com o objetivo de ilustrar o Sermão de Santo António aos peixes da autoria de Padre António Vieira.
    Para o tema do meu desenho, escolhi o peixe rémora, um dos elementos recetores de elogio no sermão devido às suas virtudes. É exaltada por Vieira devido à grandiosa força que possui, capaz de determinar a direção de uma nau, apesar do seu pequeno porte. Assim dito, decidi retratar este mesmo poder na mulher, que, embora considerada inferior por longos anos e ainda atualmente, contém um poder e vigor semelhante ao que é descrito existir na Rêmora. Portanto, para a representação deste conceito, comecei pelo rascunho de uma mulher, de aparência comum. Inicialmente, tive indecisões quanto à ação que esta mulher deveria tomar. Entre um barco vazio ou um barco ocupado por um homem, acabei por desenhar esta última, visto que a capacidade da mulher de levantar um homem traz um caráter mais simbólico à força que desejava demonstrar.
    Feito o rascunho, parti para a pintura do desenho com recurso a aguarela. O cenário quase impossível que utilizei da figura a levantar um barco enquanto está numa rocha em alto mar teve, como fim, a utopia da igualdade da mulher na sociedade, onde esta não é desprezada ou submissa mas sim equivalentemente capaz ou até mais do que o homem. Tendo isto em conta, utilizei cores que remetem ao mundo onírico e sublime, tons de amarelo e laranja para representar o pôr do sol, laranjas que foram usados para pintar o vestuário juntamente com rosa, destacando o surreal e o sublime da personagem. Acima desta, encontra-se o barco anteriormente mencionado e a personagem masculina, que tenta estabilizar-se sob a potência da mulher. As cores presentes neste elemento são mais escuras e sombrias, permitindo a entrada da realidade oposta à pintura em que a mulher encontra-se sujeita, onde o homem sobrecarrega a mulher em todos os aspetos sociais. Seguindo o término da pintura dos elementos principais, adicionei os peixes que foram anteriormente referidos em volta da cena, nomeadamente as rémoras, o toque final à minha ilustração. De índole quase simbólica, serviram como uma metáfora a outras mulheres, em pequeno tamanho, contudo agarradas ao barco e celebrando o poder da mulher.
    Tendo em conta tudo o que referi acima, penso ter sido um trabalho agradável, possibilitando a interligação de disciplinas de forma discreta e facilmente trabalhável.
Ana Luísa Felizardo, 11.ºE


    This work was done as part of the Portuguese, English and Art subjects, with the aim of illustrating St. Anthony&#39;s Sermon to the Fish by Father António Vieira.
    For the theme of my drawing, I chose the remora, or sometimes called suckerfish, one of the elements praised in the sermon for its virtues. It is praised by the author for the great strength it possesses, capable of determining the direction of a ship, despite its small size. That said, I decided to portray this same power in women, who, although considered inferior for many years and even nowadays, contain a power and vigor similar to that described in the remora. So, to represent this concept, I started with the sketch of an ordinary-looking woman. Initially, I was uncertain as to what action this woman should take. Between an empty boat or a boat occupied by a man, I ended up drawing the latter, since the woman&#39;s ability to lift a man brings a more symbolic character to the strength I wanted to demonstrate. Once the sketch was done, I started painting it, resorting to watercolor paint. The nearly impossible scenario I used of the figure lifting a boat while standing on a rock in the open sea was intended to represent the utopia of women&#39;s equality in society, where they are not despised or submissive, but equally capable or even more so than men. With this in mind, I used colors that refer to the dreamlike and sublime world, shades of yellow and orange to represent the sunset, oranges that were used to paint the clothing along with pink, highlighting the surreal and sublime of the character. Above her is the aforementioned boat and the male character, who is trying to stabilize himself under the power of the woman. The colors in this element are darker and more somber, allowing us to step into the opposite reality of the painting in which the woman is subjected, where the man burdens the woman in all social matters.
    Following the completion of the painting of the main elements, I added the previously mentioned fish around the scene, namely the remoras, the final touch to my illustration. Almost symbolic in its origin, they stand as a metaphor for other women, small in size, yet clinging to the boat and celebrating the power of women.
    Considering all of this, I believe it was an enjoyable piece of work, allowing the interlinking of different subjects in a discreet and easily approachable way.

Zahira Rosa - O Polvo




Zahira Rosa, O Polvo, aguarela s/papel, 42x29cm, 2024
Zahira Rosa, The Octopus,  watercolor on Paper, 42x29cm, 2024

 

    A minha obra, “O Polvo”, ilustra um dos peixes do Sermão de Santo António, do Padre António Vieira, recorri ao uso de aguarela sobre o papel próprio de tintas aquosas.
    Comecei por estudar as características físicas e psicológicas do Polvo, já que no sermão, o mesmo apresenta um carácter maldoso. Escolhi optar, maioritariamente, por uma paleta cromática fria, pois falamos de um peixe que vive no fundo do mar. No Sermão de Santo António o Polvo é traiçoeiro, dissimulado, falso, acha-se o “rei” do mar, Padre António Viera a judas, parece um monge. Comecei por usar cores quente como a coroa com o símbolo de Judas, pois no Sermão polvo é tido como um ser pior que Judas. Outra referência a Judas é o Polvo a apunhalar a Bíblia, como Judas traiu Jesus.O manto que o Polvo veste serviu para deixá-lo mais humano.O sermão serviu de crítica para o povo da época, seguindo a ordem, o manto era para também referir que o mesmo parece um nobre. A máscara vestida significa a falsidade que o Polvo tem, o facto da expressão da máscara estar diferente da expressão da cara do Polvo é para mostrar que ele é dissimulado e ambicioso.
    Por Fim, acho que deveria ter juntado e representado mais características na pintura como hipocrisia, disfarce, pois trata-se de um Polvo


    In my Art, The Octopus, illustrating one of the fishes from Father António Vieira Sermon of Saint Anthony, I used watercolor on paper for aqueous paints.     For a start, i studied the physical and psychological characteristics of the octopus, as in the sermon, is depicted as malicious. I chose to primarily use a cool color palette, as we're talking about a fish that lives at bottom of the sea. In the Sermon of Saint Anthony, octopus is treacherous, deceitful, false, sees itself as the “king” of the sea, compared to Judas, and resembles a monk. In my Art, I started with warm colors like the crown with the symbol of Judas, as in the Sermon, the octopus is described as worse than Judas. The mantle that the octopus wears was used to make it appear more human, as the sermon served as criticism for the people of that time. Following the order, the mantle was also meant to imply that it resembles a monk. The mask worn represents the deceitfulness of the octopus, and the fact that the expression on the mask is different from the expression on the octopus's face is to show that it is deceitful and ambitious.     In the end, I feel like I should have included and represented more characteristics in the painting, such as hypocrisy and disguise, as it is about an octopus.

Zahira Rosa, 11.ºE

Ana Sofia Silva - Quatro-Olhos

 

Ana Sofia Silva, Quatro-Olhos, aguarela s/ papel, 42x29cm, 2024
Ana Sofia Silva, Quatro-Olhos, watercolor on watercolor paper, 42x29cm, 2024


       No âmbito das disciplinas de Desenho A, Português e Inglês foi realizada uma ilustração dos peixes descritos na obra O Sermão de Santo António de Padre António Vieira.

      Nesta obra, o peixe Quatro-Olhos é retratado como um dos peixes louvados por Padre António Vieira por este conseguir ver fora de água e conseguir olhar para o céu e terra e não só para dentro desta, e que, portanto, consegue olhar para o bem e para o mal, protegendo-se assim com a sua capacidade, de todos os males. 

      Para representar este aspeto, e depois de pesquisa acerca dos traços do peixe real, decidi representar o Quatro-Olhos tanto para dentro como para fora de água. Na parte inferior, quis representar o mal, o Inferno, com recurso a cores mais fortes e sombrias e formas, como algas, em forma de ameaça. Já na parte superior, representei o bem, o Céu, utilizando cores claras e alegres como o amarelo,  presente nos raios de luz que incidem sobre a água.

      É visível este contraste no próprio peixe, sendo que o que se encontra dentro de água tem uma cor mais avermelhada, assim como o vermelho dos olhos, em comparação com o amarelo e verde presentes no que se encontra fora de água, dando ênfase a essa oposição entre o bem e o mal.

      O suporte utilizado para este efeito foi uma folha de papel de aguarela A3 ( 29,7x42cm) e técnica de aguarela, que permitiu o efeito desejado para a ilustração desta personagem.  



    Regarding the subjects of Portuguese, Drawing A and English, an illustration of the many fish described in Sermão de Santo António by Father António Vieira was created.
    In this piece, the fish Quatro-Olhos is portrayed as one of the fish praised by Father António Vieira for being able to see out of the water and being able to look at the sky and earth and not just inside it, and therefore, able to look at the good and for evil, protecting himself with his ability. 
    To represent this, and after researching the features of the real fish, I decided to represent Quatro-Olhos in and out of the water. In the lower part, I wanted to represent evil, Hell, using stronger, darker colors and shapes, like seaweed, in the form of a threat. In the upper part, I represented good, Heaven, using light and cheerful colors such as yellow, also present in the rays of light that fall on the water.         This contrast is also visible in the fish itself, with the one found in the water having a more reddish color, as well as the red of the eyes, compared to the yellow and green present in the one found outside the water, emphasizing this opposition between good and evil.
    The support used for this purpose was a sheet of A3 watercolor paper (29,7x42cm) and watercolor
technique, which allowed the desired effect for the illustration of this work.
Ana Sofia Silva, 11.ºE

Afonso Barbosa - O Roncador




Afonso Barbosa, O Roncador, aguarela s/papel, 42x29cm, 2024


    Neste trabalho tive de escolher um peixe representado na obra ”Sermão de Santo António aos Peixes” de Padre António Vieira que fora lida e analisada nas aulas de Português.
Dos peixes apresentados na obra escolhi o Roncador que é caracterizado no sermão como um peixe que representa os defeitos dos homens mais concretamente a arrogância, os Roncadores também são descritos como peixes que se sentem superiores aos outros apesar de serem pequenos impõem o seu caráter através da produção exagerada de som.
    Na realização deste trabalho tomei como inspiração as características do roncador, mais especificamente a sua arrogância e transformei-o  numa modelo, pois as modelos são muitas vezes caracterizadas como arrogantes e superiores devido ao modo como desfilam ,para ilustrar o roncador comecei por desenhá-lo numa forma mais humanoide desenhando o na vertical  e com roupa com recurso a aguarela, a  passadeira  presente no desenho, representa a passadeira onde as modelos desfilam, o roncador está rodeado de algas demonstrando que o roncador é tão vaidoso que desfila até para as algas, para demonstrar a arrogância do roncador desenhei o com os olhos a olhar para cima e não para nós observadores fazendo uma analogia com modelos que, quando estão passadeira não olham para nada nem ninguém sendo um desses motivos de serem considerados arrogantes.
Afonso Barbosa, 11.ºE

    For this work I had to choose a fish from “Sermon of Saint Anthony to the Fishes” that had been read in the classroom. From the fish presented in the sermon, I chose the snorer, which is characterized as a fish that represents men´s defects, more specifically arrogance, pride and vanity. Snorers are also described as fish that feel superior to others. Despite being small, they impose their character.

    When carrying out this work, I took as inspiration snorer´s characteristics, more specifically his arrogance, and I transformed him into a model because models are often characterized as arrogant and superior, due to the way they parade. To illustrate the snorer, I started by drawing him in a more humanoid form, drawing him vertically and with humans´s clothes. The red carpet, present in the drawing, represents the catwalk where the models parade, and in contrast to the models, the snorer is surrounded by algae, demonstrating that the fish is so vain that it even parades into the seaweed. To demonstrate the snorer's arrogance. I drew his eyes looking up, not looking directly at the observer, making an analogy to the models who, when they are on the catwalk, do not look at anything or anyone, being a reason why they are considered arrogant.


Liliana Mota - Pegador



Liliana Mota, Pegador, aguarela s/papel, 42x29cm, 2024


    Illustration work carried out as part of the Arts, English and Portuguese courses on St. Anthony&#39;s Sermon to the Fishes. In this painting, I&#39;ve illustrated the Pegador fish, which was one of those used metaphorically to condemn man&#39;s vices. The Pegador is mentioned in Chapter V, part of the sermon&#39;s reprimands. 
        Its behavior, which is disapproved of by Father António Vieira, and consequently used as an example by the latter, is its action of attaching itself to other animals and becoming a parasite. Once attached to their large hosts, these small fish place all their weight and hunger on them. The priest criticizes greedy people who spend their lives chasing important men and taking advantage of their achievements. They adopt an opportunistic lifestyle and lose their identity, as they become ignorant and trapped in the ambitions of those they parasitize.
    To portray a character with these features, I took a slightly comical approach. Using watercolor paint, I chose to paint a shark (host), who is being commanded by the fish Pegador (parasite) to go to work, bring food and give rides, while the scolded fish rests (Despacha-te! Vai trabalhar!! Quando Chegares traz-me comida e dá-me boleia. Fico a relaxar…). With this statement, I wanted to highlight the exploitative personality of the animal, who, while relaxing, waits for the shark to carry out its tasks in order to benefit himself. I placed the characters in a domestic setting to accentuate the situation of rest and relaxation of the Catcher, and at the same time, the annoyance of the bigger fish, who in his own home, has to follow the abuser&#39;s instructions. I chose to contrast the cold colors of the house with the warm colors of the elements used by the same animal, to reinforce the idea of the different lifestyles of the two individuals.
    This work on the allegory was developed over three weeks and I believe I managed to portray the animal&#39;s reprehensible character in an understandable way.
Liliana Mota, 11.ºE

Tiago Santos - Polvo




Tiago Santos, Polvo, aguarela s/papel, 42x29cm, 2024

 

  O trabalho “Ilustração do Sermão de Santo António aos Peixes” foi realizado para a disciplina de Desenho da professora Ana Cristina Magalhães,entre os dias 1/02 e 29/02, em conjunto com as disciplinas de Inglês da professora Laura Vilela e Português da professora Luísa Ferreira.

  Para fazer este trabalho relembramos a matéria de português do 1º período,principalmente as características de cada peixe, no meu caso o Polvo, que tem como atributos principais a ganância e a traição, por isso é que ele leva uma cabeça de serpente ao peito, bem vestido e com um saco de moedas na “mão” para representar a sua ganância. Também o imaginei com alguma idade, por isso escolhi desenhar uma bengala na “mão”, como é possível ver na imagem abaixo.

     O trabalho foi feito a aguarela, num papel A3. Optei por usar cores mais sólidas sem muitas misturas e fazer algumas partes mais escuras e outras mais claras, nomeadamente o chão e o fundo. 

     Este trabalho foi feito em cinco aulas de Desenho e penso que obtive um bom resultado!

Materiais usados:

  • Folhas A3 de aguarela de 180 gramas da marca Artix 

  • Pincéis dos números 2,8,16 e 24 também da marca Artix

  • Aguarelas da Giotto de 24 cores


Fontes consultadas:

https://jmonline.com.br/articulistas/marcofigueiredo/o-simbolo-da-traic-o-1.143173

https://observador.pt/opiniao/sermao-do-polvo-aos-portugueses/

https://pt.slideshare.net/AlexandraMadail/captulo-vpav-28885408

Tiago Santos, 11.ºE



    The work Illustration of St. Anthony's Sermon to the Fishes was carried out for the Drawing subject by Ana Cristina Magalhães, between February 1st and February 29th, in conjunction with together with English by Laura Vilela and Portuguese by Luísa Ferreira.
    In order to do this work, we had to remember the subject of Portuguese from the 10th grade, mainly the characteristics of each fish, in my case the Octopus, which are greed and betrayal, which is why he has a snake's head on his chest and is all well-dressed and with a bag of coins in his "hand" to represent his greed and I also imagined him with a bag of coins in his "hand”, as you can see in the image below.
    The work was done in watercolor on A3 paper, I chose to use more solid colors without mixtures and to make some parts darker and others lighter, namely the floor and the background. This work was done in 5 Drawing lessons and I think it turned out well!

Materials used:
➢ Artix 180-gram A3 watercolor sheets
➢ Artix number 2, 8, 16 and 24 brushes
➢ Giotto watercolors in 24 colors

Sources consulted:
https://jmonline.com.br/articulistas/marcofigueiredo/o-simbolo-da-traic-o-1.143173
https://observador.pt/opiniao/sermao-do-polvo-aos-portugueses/
https://pt.slideshare.net/AlexandraMadail/captulo-vpav-28885408