Um trabalho das alunas Ana Costa e Sara Costa, do 10.º E, Desenho A
Sara Costa (SC) Boa Tarde Professora Joana Gil, eu chamo-me Sara Costa e a minha colega chama-se Ana Costa, somos da turma de artes visuais do 10.º ano. Estamos a realizar um projeto sobre os professores envolvidos nas Artes Visuais, para dar a conhecer às pessoas o vosso rumo até aqui. Muito obrigada por nos receber e permitir que lhe façamos algumas perguntas. Podemos começar?
Professora Joana Gil (PJG) Com certeza.
AC Em que momento da sua vida percebeu que queria ser professora de Artes Visuais?
PJG Eu decidi ser professora de artes visuais ainda era aluna na faculdade e foi uma questão de conciliar as minhas funções profissionais com as de estudante e também familiares.
SC Porque escolheu ser professora de artes?
PJG Portanto, como vos estava a explicar, já tinha esta experiência profissional e o percurso começou ainda como estudante, portanto, quando eu era aluna como vocês, comecei logo a fazer alguns trabalhos relacionados com ilustração, depois trabalhei nalgumas empresas e conciliei assim várias atividades. Fiz parte do ensino superior, já a trabalhar. A partir do segundo ano da faculdade, dar aulas era uma situação que na altura se podia conciliar com as nossas atividades enquanto estudantes, além de que eu também já era mãe. Tinha uma filha e foi uma maneira de conciliar todas estas atividades e assegurar também a parte monetária e financeira da minha família.
AC Sempre quis ser professora de artes ou teve outros planos?
PJG Nunca quis ser professora de artes, nem me considero propriamente uma pessoa que seja professora de artes. Sou uma profissional das artes, por isso continuo a ter atividades para além de ser professora e, aquilo que eu faço é porque gosto muito de partilhar aquilo que sei. Gosto muito de desenhar e de pintar, embora a minha formação superior seja em pintura, tenho também formação intermédia de design gráfico. Como gosto muito dessa matéria e sou apaixonada por esse ramo e o pelo seu conhecimento, gosto de o partilhar com os alunos e acho que o contacto com eles também me mantém ativa e informada, não me deixando morrer no conhecimento. Eu sou tão aluna quanto vocês.
SC O que a motivou?
PJG Sabem que é diferente pensar o que me motivou aos 15 anos ou que me motivou aos 50. Quando eu era jovem, da vossa idade, tive algumas dúvidas em áreas de escolha, embora na minha época, no 9.º ano já escolhíamos a área artística. Acho que também tive bastante influência dos meus professores, embora na minha família já houvesse bastantes pessoas ligadas às artes e com atividades profissionais nessa área, tendo ao meu dispor conhecimento. No entanto, acho que a influência foi mais dos professores do que da família. Depois, a motivação tem sempre a ver com a nossa predisposição. No 10.º ano optei por ir para um curso profissional de design gráfico, era a primeira vez na vida que havia cursos profissionais. Aí houve uma certa oposição por parte da minha família, os cursos profissionais ainda não eram muito bem vistos. Na altura fui para a escola Soares dos Reis, sempre com aqueles receios que os pais têm, de alteração de amigos e tudo isso, eu passei por essa fase, como vocês estarão a passar. Foi uma experiência muito positiva, aprendi muito numa escola com uma capacidade técnica fantástica, acho que ainda hoje devo muito a essa fase de conhecimento que adquiri prático nesse tempo. Depois segui para um curso de restauro e conservação, fiz só um ano e voltei para o Porto, aliás nunca cheguei a ir para a escola onde o curso era, porque na altura não queria estar mobilizada, por isso só fiz um ano sempre à distância, não queria largar o trabalho que tinha cá no Porto. Trabalhava numa agência de publicidade e, no ano a seguir, consegui regressar à faculdade de Belas Artes no Porto e aí optei por ir por pintura, tendo sido uma opção consciente. Era muito metódica, tinha uma forma de expressão muito gráfica e ao entrar para a faculdade e ir para pintura poder-me-ia dar um complemento de aprendizagem mais expressiva. Não que o design gráfico não seja criativo, mas a pintura não tem um cliente, ou pelo menos não deverá ter um. Não querendo dizer que não tenha, porque pode ter como pode não ter. Pode fazer-se um retrato encomendado, mas enquanto aluno é diferente, é uma perspetiva diferente e foi enriquecedora essa parte. Profissionalmente, consegui trabalhar muitas vezes nas duas áreas.
AC Os seus pais apoiaram a sua escolha?
PJG Sim, nunca se opuseram. Também não sei se foi do grande agrado deles, mas nunca tive uma menção, nem de prós nem de contras.
SC Antes de seguir o curso de artes no ensino secundário esteve noutro curso diferente? Se sim, porque decidiu mudar?
PJG Não. Na minha altura o 9.º ano já era um ano de escolha, já se faziam opções. Fiz o 9.º ano já com opção artes. Depois do 10.º ao 12.º segui artes gráficas e de comunicação, que era essa a designação na Soares dos Reis. Depois, um ano em conservação e restauro. De seguida, um ano nas Belas Artes. A minha dúvida em relação a opção de escolha dos cursos superiores tinha a ver com o âmbito do gosto. Sou uma pessoa que ainda hoje tem um gosto pelo estudo das áreas da química e da física. Mais tarde fiz mestrado nas Belas Artes na parte da química ligada à fotografia e da química ligada à pintura, a alquimia. É uma coisa que sempre me interessou muito, então entre o 12.º ano e a ida para a faculdade, balancei um bocadinho. Ir para o curso de Conservação e Restauro permitia-me esse contacto com a área de laboratório e que era bastante interessante, mas depois, como já vos disse, há coisas que pesam, porque não é só o que queremos... Não queria largar o tal emprego que tinha, que era numa agência publicitária, e que era um emprego bom. Eu era bastante jovem e aquilo era bastante aliciante e acabei sempre por fazer os exames à distancia, ia só lá, à escola de Tomar, realizar os exames e depois voltava para o Porto para conciliar a atividade profissional com a de estudante.
AC Considera o curso de artes visuais um curso complicado?
PJG Acho que é um curso completo. O complicado depois depende da maneira de estar de cada um. Um exemplo, além de gostar, também acho que tenho influenciado os alunos muito nesse sentido, e até mesmo em minha casa, onde duas das minhas filhas acabaram por ir para a área artística e, se calhar, eu não passo a ideia de que seja muito complicado. Gosto muito de matemática e de geometria, é uma área que eu trabalho há muitos anos, não agora na escola. Acho que é uma área que tem esta vertente muito positiva para nós, professores, e que é abrangente porque não damos sempre a mesma coisa. Já tive a experiência de dar aulas a alunos da vossa idade de História das Artes e Geometria à mesma turma e os alunos às vezes diziam “Ah professora, não pode ser a mesma professora numa disciplina e na outra” e isso é engraçado, porque são matérias muito diferentes e nós, perante a matéria que estamos a lecionar , parecemos outras pessoas. Se calhar é mesmo verdade. Ao dar Desenho ou Geometria, nós não somos a mesma pessoa, estamos com um ar mais sério ou com um ar mais divertido. Eu não o acho complicado, acho-o completo.
SC Tem outra profissão para além de professora? Se sim, consegue conciliar esse trabalho com o de professora?
PJG Tenho e consigo.
AC O que faz nos tempos livres está ligado às artes?
PJG Não só, mas também. Faço mais coisas, mas também faço coisas ligadas às artes. Neste momento, não tanto como gostaria, tenho falta de espaço e o mercado também está diferente. Já trabalhei com produção artística, neste momento está um bocadinho parada e eu fui-me desligando dela. Também trabalhei com cenografia e fui-me desligando igualmente, até porque, entretanto, apareceram cursos com novas especificidades. O que eu tento sempre é, quando não consigo abarcar algum projeto que me é proposto profissionalmente, vou delegando em pessoas que já foram meus alunos ou jovens que foram trabalhando comigo. Quando me aparecem trabalhos nessa área, eu vou passando a rede para os mais jovens que estão a trabalhar bem.
SC Tem ideia de quantos museus de arte já visitou?
PJG Não, mas já visitei muitos, não tantos quanto gostaria. Alguns já visitei mais do que uma vez. Eu, enquanto aluna de faculdade, fiz Erasmus em Paris, e por isso nessa situação fui privilegiada, porque os alunos de Erasmo de Belas Artes em Paris tinham acesso privilegiado ao museu de Louvre e, por isso ia lá todas as semanas, durante dois meses. Foi uma oportunidade muito grande. Noutras cidades é um tipo de turismo que eu gosto ou gostava. Esta nova realidade modifica um pouco as circunstâncias. Gosto do turismo cultural, acho que, para mim foi sempre interessante, não só do ponto de vista da visita do museu, mas também das estruturas das cidades, que é algo que me agrada.
AC Qual foi o primeiro museu que visitou? Lembra-se?
PJG Essa pergunta é muito difícil. O primeiro que visitei, não sei, mas deve ter sido aqui do Porto com o meu avô ou assim. Sei qual foi a primeira visita que comecei a fazer no estrangeiro. Mas assim a nível de Portugal e da cidade, sempre visitei espaços museológicos, aliás é uma temática que sempre me agradou, foi uma das coisas que eu pensei em abordar já na idade adulta, foi um desejo fazer um doutoramento na área da museologia.
SC Qual o museu que mais gostou de visitar?
PJG Um dos museus que mais gostei de visitar foi o de Guggenheim. Foi um museu que já visitei mais do que uma vez, não faltam exposições e o espaço é fabuloso, tanto o Guggenheim de New York como o da Europa, acho os dois espaços muito complementares. Agora, em termos de exposições, eu gosto muito de exposições interativas, e acho que aqui no Porto temos tido algumas. Gosto muito do conceito de museu, enquanto espaço de curiosidade e não museu como deposito de achados arqueológicos. Não me limito a visitar museus de caráter artístico, gosto muito de museus de ciências naturais, alguns museus, como dizia há bocado, de achados arqueológicos, também acho interessante. E, felizmente, acho que ultimamente esses espaços têm sido dinamizados de forma muito interessante. Recordo-me por exemplo, de uma visita que fiz há algum tempo, na Guarda, a um museu etnográfico, onde apreciei o ponto de vista gráfico, assim como a montagem das legendas ao longo de todo o percurso.
AC Que artistas a inspiraram mais ao longo da sua vida?
PJG Isso é muito complicado. Ora bem, assim como estudante, eu sempre gostei muito da parte da ilustração e não existia assim nenhum artista em particular, havia mais escolas, tendências e técnicas. Como artista plástica, é complicado referir…Mais uma vez, acho que houve uma influência dos meus professores, nomeadamente no ensino superior. Um dos professores que me foi muito marcante, o professor Eduardo Batarda, que é um conhecido artista da nossa contemporaneidade foi, não do ponto de vista da influência representativa, mas como uma personalidade, através da maneira de ser, do que transmitia, a maneira como nos espicaçava, pondo-nos a fasquia um pouco mais acima. Foi um professor que me marcou bastante e como artista também, acho-o uma pessoa controversa e polémica. O professor Ângelo Sousa, que também foi meu professor, não era que tivesse uma grande proximidade aos alunos, não conversava connosco. Posso-vos dizer que, por exemplo, foi meu professor de cenografia e nós deixávamos os trabalhos em cima da mesa numa pasta, ele passava lá quando não havia alunos e deixava a nota escrita e nunca falava connosco. Mas num ponto de vista gráfico, quem olha para o meu trabalho conhece mais a influência do professor Ângelo, mais propriamente, do que o do professor Eduardo Batarda. Também houve um professor que me marcou bastante no ponto de vista técnico, que poderá ter alguma influência, que é o pintor Carlos Carreiro. O trabalho dele não tem influência direta, mas como pessoa, tecnicamente, a forma que ele ia expressando passo a passo, desenvolvendo o seu trabalho, desenvolveu algumas influências técnicas no meu trabalho e cromáticas também.
SC Qual é a técnica que a professora gosta mais de usar?
PJG Sou muito diversificada, nunca ando na mesma onda. Gosto muito de desenhar, ainda agora nesta era muito visual, estou sempre, sempre com o caderninho... E mesmo nas reuniões digitais faço sempre rabiscos, rabiscos e rabiscos. Funciono muito por organização visual de pensamentos. Sou uma pessoa que gosta imenso de iconografia, acho uma coisa fantástica, uma maneira muito boa para trabalhamos. Adoro tipografia, acho que é uma coisa que me apaixona há muitos anos, já dei aulas ao curso profissional de design gráfico e era uma temática que eu gostava muito de abordar, a tipografia, ou seja, aprecio desenhar letras. Em termos de técnica, sou um bocado como os gatos, o desenho de estar de lápis na mão, conseguimos fazer com facilidade, depois o pintar, uso muito a técnica do acrílico em termos de trabalho pessoal, mas já preciso de espaços maiores. Se mudo de atelier passo uns meses sem fazer nada, até me identificar novamente com o espaço. Às vezes também utilizo em desenhos a sanguínea, de vez enquanto aguarela e como ilustradora, por muito tempo usei o aerógrafo, era algo que eu gostava muito, adorava recortar as máscaras e trabalhar com tesoura.
AC Que disciplinas já lecionou?
PJG Isso é complicado, vou fazer o percurso ao contrário do mais cedo para o mais tarde, portanto educação visual, artes recreativas, também já lecionei artes aos alunos do ensino especial, geometria descritiva, desenho, curso profissional de design gráfico com a disciplina de design gráfico, curso profissional de animador sociocultural, já nem sei quantas disciplinas tem esse curso e, depois, fora da área, aquelas disciplinas como cidadania e essas coisas. Por isso acho que já passei um pouco por tudo, além de que existem algumas disciplinas que foram mudando de nome, eu já sou professora há 27 anos por isso, as coisas vão mudando um bocadinho. Também já lecionei, sem ser na escola publica, fotografia.
SC Este ano que disciplinas leciona?
PJG Este ano só educação visual.
AC Como descreve a sua interação com os alunos?
PJG Como é que eu a descrevo? É ativa. Eu tenho este ano cerca de 250 alunos, vocês sabem que um ambiente, com um espectro tão largo, com certeza que não agrado a 250 alunos na sala de aula ao longo dos dias. Mas aquilo que eu quero também não é ser a simpatia, mas sim que os meus alunos cheguem ao fim da vida e que se lembrem de alguma coisa que lhes tentei transmitir. Quando digo isto em relação aos alunos, digo aos jovens em geral, acho que aqui, o que importa a mim, neste momento e no meu percurso, é que possa ter feito diferença na vida de alguém. E felizmente, como tenho interação com alunos do passado e graças às redes sociais vamos mantendo contacto com os alunos de há 10 anos, 20 anos... Alguns já licenciados, outros com filhos, e é engraçado perceber que há algumas coisas que partilhamos com vocês no nosso dia a dia e, em alguns casos, estamos muitas horas com os nossos alunos, que são positivas e que colaboraram, de certa forma, para que a vossa vida tenha um sentido positivo, acho que é o que é importante nesta missão de ser professora.
SC Qual é a sensação de ver a evolução dos alunos?
PJG É muito boa Quando trabalhamos com pessoas, e queremos que elas evoluam, às vezes, nós queremos mais do que a própria pessoa, e há momentos de frustração, em que sentimos que queremos mais e ralhamos e isso tudo, mas depois quando nos afastamos, acho que há sempre uma evolução positiva, nunca começamos iguais ao que acabamos.
AC Quais os cursos superiores que acha mais interessantes?
PJG Eu sou aquele tipo de pessoa que acha todos. Ainda não parei de estudar, acho que estudar é uma coisa fantástica. Não tenho mesmo resposta para isso. Sei que alguns cursos não são muito significantes nem tão variantes sobre um tema muito grande e que, por exemplo, neste momento, na área do desenho, está acontecer um pouco isso: tem uma especificidade muito grande, quando agora o mercado está a dar a volta ao contrário. Mas é como grandes áreas, tanto acho muito interessante o curso de medicina, como um curso na área da filosofia e das ciências sociais. Eu também já fiz uma pós-graduação em psicologia, já fiz um mestrado em pintura, gostava de fazer em museologia. Gosto de estudar outras áreas, que às vezes não têm nada a ver com o que eu leciono... Gosto da área de gestão... por isso, para mim, estudar é uma coisa fantástica.
SC Para a professora é preferível um curso profissional e depois ir para a faculdade ou finalizar o décimo segundo e ir para a faculdade?
PJG Eu acho que não há receitas assim prontas. Posso-vos dar a minha experiência como mãe, no caso das minhas duas filhas mais velhas, que já estão a acabar o processo de ensino académico. Nunca achei que fosse mal para elas quererem ir para uma área especifica ou para uma área de ensino geral. E a razão porque uma foi para uma coisa e a outra para outra foi só mesmo porque, quando tiveram de fazer essa opção, e eu tive que as apoiar nas suas escolhas, uma já tinha muita certeza do que queria fazer. As características dela enquanto pessoa iam ser mais bem canalizadas e ela, agora, está na posição que está, sente-se realizada e com possibilidades de sustento com sucesso, porque foi por uma escola profissional. No caso da outra já foi diferente, ela sabia que era a área artística, mas dentro da área artística tinha muitas dúvidas se queria ir para arquitetura, se queria ir para design. Então aí, eu acho que optei por lhe sugerir, e ela também e os professores também, que fosse para uma área já de ensino geral artístico, claro. E acho que nos casos dos alunos também é um bocado assim, cada um tem de avaliar um pouco a situação. Agora, sem dúvida, sou uma forte defensora de cursos profissionais, acho que quando o aluno já sabe bem a área técnica que gostava de aprender, a proximidade da parte tecnológica, ou técnicas da área que quer abordar, quer seja ela fotografia, cenografia ou hoje em dia multimédia ou alguns cursos ligados ao design de moda, o facto de poderem logo no 10.º ano até ao 12.º intensificarem esses conhecimentos, vai dando upgrades, sem dúvida. Mas mais uma vez digo, não há receitas, cada um pode ter caminhos diferentes, pode ter de voltar atrás e mudar.
AC Que conselho daria aos alunos que estão no curso de artes visuais?
PJG Quando dou aulas ao secundário costumo ter um vídeo muito engraçado, que é um vídeo brasileiro que diz “Como ser um bom ilustrador” e o vídeo é muito engraçado porque, por exemplo, vai buscar uma pessoa a tocar violino ou uma bailarina que começou a aprendizagem aos 3/4 anos. Quando um pai quer que o seu filho seja o melhor no violino numa orquestra, põe-no logo a aprender aos 3 anos, ele nem optou. Com uma pessoa que desenha isso não acontece. Normalmente, nós não somos influenciados a desenhar, às vezes somos proibidos. Há pais, e eu conheço alguns casos, que quando o filho está a desenhar, não está a estudar, está na brincadeira. Por isso, aquilo que eu acho é que se vocês quiserem cativar o mais possível, tem o ponto de vista prático, experimentarem e treinarem, mas também no sentido crítico, a nível de análise, de terem gosto pelo estudo. Se puderem abraçar o mundo com os braços e as pernas, quanto mais souberem, mais terão esse espírito criativo e de análise que eu acho que uma pessoa que seja ligada ao mundo das artes precisa de ter.
SC Gostaria de acrescentar mais alguma coisa a esta entrevista que considere relevante as pessoas saberem?
PJG Da minha parte é um gosto vocês terem tido esta iniciativa, acho que é positivo para vocês, é bom saber a diversidade toda que pode ter um professor de artes, sem ser só aquela do professor que ensina desenho ou geometria.
SA e AC Muito obrigada pelo tempo que nos dispensou. Gostamos muito de a conhecer. A entrevista será publicada na Semana das Artes, no Blogartes. Será que gostaria de acrescentar uma fotografia à entrevista?
PJG Sim, muito obrigada!
Muito bem Joana, depois de tantos anos, sempre a conhecer-te melhor!!!
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