Afonso Barbosa, Sonhos de Espuma
"Neste trabalho livre decidi unir duas ideias: o mundo dos sonhos e o mar ou a praia. Com a união destas duas ideias comecei a trabalhar num papel cavalinho.
Comecei a pintar o mar e utilizei tinta guache com tons de azul, verde e branco. Depois de pintar o mar comecei a pintar a areia da praia no mundo dos sonhos utilizando como material o pastel de óleo e adicionei um pouco de tinta guache branca para fazer o efeito de espuma do mar a beira da areia. Em seguida fiz o céu com o tema de galáxia e, por causa do mundo dos sonhos, pintei de preto o que seria o céu com um sol alaranjado que se localiza no meio da parte superior da folha. Quando pintei o sol vi que a tinta guache preta estava a tornar o meu laranja em castanho, decidindo assim colocar um pouco de amarelo com um pastel de óleo e colocando também mais cor de laranja, e também decidi colocar uns tons de cor de rosa ,de verde e de roxo em torno do sol, cobrindo a cor preta.
Neste trabalho livre utilizei como referência para o desenho fotografias sobre o mar
O trabalho livre tem o nome de “Sonhos de Espuma“. Este nome está relacionado com o que acontece à espuma e aos sonhos que temos quando dormimos, ou estamos acordados. O que há de comum entre estas duas situações é que elas desaparecem num piscar de olhos: a espuma desaparece com uma onda e os sonhos desaparecem com o tempo. O tempo que permanecem vivos está representado pelo brilho do sol e pela espuma das ondas.
Cada parte do trabalho tem um significado especial: na área do mar, as partes brancas, a espuma seriam a representação da esperança no meio de tanto caos do mar, ou da vida em geral onde a cada cinco minutos aparece um novo problema para ser enfrentado... quer sejam os testes, a natação, o cansaço e a espera de uma cirurgia; esta espuma demonstra momentos em que estou no quarto a desenhar e a ouvir as músicas que gosto esquecido do resto do mundo e dos problemas e dos problemas dos outros; e é nesses momentos em que descanso e recupero a esperança que um dia tudo vai melhorar e que por agora só tenho de aguentar mais dois anos e o pesadelo acaba, pois já não vai haver escola, não vai haver disciplinas difíceis a incomodar os meus pensamentos e fins de semana, podendo descansar depois de doze anos!..."
Afonso Barbosa
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