quinta-feira, 21 de dezembro de 2017

Trabalho livre de Miriam Martins

Miriam Martins, S/ Título , técnica mista s/ papel, 240x297cm


Neste projeto tentei transmitir metaforicamente que há obstáculos na vida e que, mesmo com eles, podemos prosseguir em frente.
É algo comum entre nós, no nosso dia a dia, no meio de toda a nossa rotina, ter vontade de desistir, vontade de ser levados para longe do peso de tudo, de fugir para uma espécie de realidade paralela, onde não existam problemas. Onde haja apenas o que nos faz feliz e o que nos traz paz. Tudo isto vem transmitido na forma de uma mão a tentar levar o barco. Logo a seguir, do lado direito, temos representada outra sensação na forma de mais uma mão. Ora, esta mão leva-nos até às adversidades que nos força a todos ao mesmo: a ter de lidar com elas. E, com o lidar com elas, está implícito também que nos tornamos, desta forma, mais fortes. Que estas nos ensinam a não cair na tentação de desistir de algo só porque é mais complicado, ou porque corre mal; um espírito de insistir, persistir, e não desistir.
Entretanto, há uma terceira mão. Esta, ao contrário das anteriores, ajuda o barco na sua viagem pelos mares tortuosos (a vida), e é essa que nos dá apoio, que nos mantém à superfície da água, que nos mantém firmes. No fundo, achei conveniente usar o pôr do sol como paisagem. Por quê o pôr do sol? É, penso eu, das coisas mais bonitas que há na natureza. Como que um conforto nos dias que correm mal, e é um motivo para agarrar a máquina, e começar aos disparos até que consiga captar aquele momento, aquele um momento que considero perfeito. E foi esse momento que eu escolhi para demonstrar precisamente esse conforto, e os melhores dias.
Na obra tentei conjugar os materiais com as técnicas de forma harmoniosa. Tanto nas mãos, no barco e no sol usei alto contraste, entre diferentes tons e o branco com caneta de feltro. Já no mar, usei lápis de aguarela, criando efeitos e mistura entre vários tons. Fiz o mesmo no céu. 
O losango, no qual todo o enredo desta obra está inserido, foi feito com a "rabiscosa" tinta-da-china. Para finalizar, a parte de fora, a negro, foi feita com o intuito de trazer as figuras para o primeiro plano, esta a pastel seco.
Este trabalho demorou certa de uma semana a ser realizado, não uma semana mesmo porque foi feito durante várias horas de dias diferentes.  

Miriam Martins. 12.ºE


Fases do trabalho




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