quinta-feira, 22 de março de 2018

Trabalho livre de Telmo Pereira



Telmo Pereira, s/título, 2018
lápis de cera, caneta, aguarela e lápis de cor s/ papel, 42X30cm




Este trabalho apresenta um tema naturalista que, em primeiro plano mostra uma figura metade humana metade animal (metade superior com aparência humana e metade inferior com aparência de cervo). Apresenta galhos sobre a cabeça a servir de chifres que, por sua vez, podem ser facilmente confundidos com chifres de cervo, mas optei por algo mais natural, isto porque as pessoas associam mais depressa o elemento da vida às paisagens mortas, às plantas, do que aos animais em si, pelo menos é o que é por mim tomado como opinião maioritária, podendo estar enganado.
A servir de fundo mantive o tema natural usando tons entre amarelo claro e verde, tentando dar uma certa tonalidade meia lima a fugir mais para o amarelo que é conhecida pela sua grande associação à vida e à natureza, sendo esta a ''cor da vida''. Temos também uma lua no fundo, feita de leve sobre aquele amarelo/lima para não a fazer sobressair, mantendo assim o foco no primeiro plano. Esta é também um elemento natural, paisagista (isto mais para aqueles que preferem uma paisagem noturna a uma paisagem sobre a luz do dia, como é o meu caso).
Integrei esta figura humana no meio de tantas características que nos remetem para o natural, para a vida, com o objetivo de ''relembrar'', consciente ou subconscientemente, a todos os observadores que tal como o ''verde'' que existe em todo este mundo, como todos os seres vivos que deambulam durante dia ou noite e até seres vivos que por vezes são tomados como simples objetos como por exemplo as flores, todos fazemos parte da natureza, todos viemos, de certa forma, do mesmo ''sitio'', e com isto temos a obrigação de olhar uns pelos outros independentemente de todas as diferenças que nos distinguem uns dos outros. Diferenças estas que decidi referir através das flores na mão da personagem, poderia ter optado por desenhar umas flores de diferentes espécies, mas optei apenas por lhes mudar as cores, tentando não focar os olhos dos espectadores nesse pormenor.
Telmo Pereira, 12.ºE

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